O consumo doméstico de carne bovina será chave para o desempenho da indústria brasileira deste setor em 2022, mesmo com as fortes exportações verificadas desde janeiro, segundo relatório do Rabobank divulgado na quinta-feira (03).
“O consumo doméstico de carne bovina tem sido fraco e resultou em menores escalas de abate por parte dos processadores, causando pressão baixista nos preços de gado vivo, especialmente nos frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico”, disse o Rabobank.
Em janeiro, as exportações brasileiras de carne bovina tiveram o melhor resultado já registrado para o mês, segundo o Rabobank. Mas a queda nos preços das carnes de frango e suína colaborou para reduzir a competitividade da carne bovina no mercado interno.
Mesmo com a fraca demanda doméstica, os preços de gado vivo têm se recuperado desde novembro do ano passado. Em janeiro, houve alta de 17% nesse preço ante o mesmo mês de 2021, a R$ 338,46/15 kg.
No quarto trimestre do ano passado, as incertezas relacionadas à retomada das importações chinesas levaram a um menor número de animais indo para a engorda em confinamento, reduzindo a oferta de gado terminado temporariamente e elevando os preços do animal.
O Rabobank disse que essa tendência deve continuar até que animais a pasto estejam prontos para serem ofertados no mercado.
(CarneTec Brasil)