O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um crescimento de 4,6% em 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (4).
O resultado mostra recuperação da economia brasileira, que encolheu 3,9% em 2020, completamente esmagado pela pandemia da Covid-19. Segundo o IBGE, o resultado de 2021 foi puxado pelo setor de serviços, que teve alta de 4,7%, seguido pela indústria, com avanço de 4,5%. Somados, os setores representam 90% do PIB brasileiro.
“Todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%). O transporte de passageiros subiu bastante, principalmente, no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens. A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou puxada por internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo antes da pandemia, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais”, disse em nota a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
O Agro, conhecido por ser um dos motores do País, recuou 0,2% em 2021, o que pode ser explicado pela estiagem prolongada e pelas geadas. Em destaque, culturas como a soja cresceram 11%, porém cana-de-açúcar (-10,1%), milho (-15%) e café (-21,1%) apresentaram resultados negativos.
No quarto trimestre de 2021, o PIB cresceu 0,5% na comparação com o terceiro trimestre (-0,1%). Ao longo do ano, os resultados ficaram da seguinte forma: primeiro trimestre com crescimento de 1,4% e segundo trimestre com recuo de 0,3%.
Na comparação com o quarto trimestre de 2020, a alta foi de 1,6%.
Demanda interna cresceu
Segundo a divulgação do IBGE, todos os componentes da demanda avançaram no ano passado, com o consumo das famílias avançando 3,6% e do governo subindo 2%. Em 2020, ambos os destaques ficaram negativos em 5,4% e 4,5%, respectivamente.
“Houve uma recuperação da ocupação em 2021, mas a inflação alta afetou muito a capacidade de consumo das famílias. Os juros começaram a subir. Tivemos também os programas assistenciais do governo. Ou seja, fatores positivos e negativos impactaram o resultado do consumo das famílias no ano passado”, completou em nota Palis.
(Agência Brasil)