Forte queda do dólar pressiona a cotação da soja no Brasil
Divisa norte-americana desvaloriza 3% frente ao real, pressionando a competitividade e consequentemente os preços da oleaginosa brasileira.
Milho 
Pelo 2º dia consecutivo, o milho sentiu a pressão negativa imposta pelo dólar e pelo cereal na CBOT. A cotação no mercado físico paulista rompeu os R$ 49,00/sc, com a pressão da oferta chegando. Na B3, o dia também foi de desvalorização, o vencimento para setembro/20 caiu 1,29% no comparativo diário, ficando cotado à R$ 47,36/sc.
Em Chicago, o vencimento para setembro/20 fechou na mínima dos últimos 30 dias, ficando cotado a US$ 3,23/bu, queda de 1,68% no comparativo diário. O mercado norte-americano de milho é pressionado pela ausência de novas compras chinesas, além também do clima, que continua a demonstrar um padrão bom e estável para os próximos dias.
Boi gordo 
Terça-feira marcada pela pouca movimentação no mercado de boi gordo, o que pode estar relacionado com a chegada da segunda quinzena do mês e, com isso, o menor apetite dos frigoríficos que atendem somente ao mercado interno. Por outro lado, aqueles que exportam continuam com compras ativas, porém, cautelosos a fim de evitar mais reajustes positivos nas cotações da arroba.
No mercado atacadista o cenário é parecido, caracterizado pelo baixo fluxo de negócios. O ambiente é marcado pelo baixo volume dos estoques e poucas vendas sendo realizadas. O preço da carcaça casada bovina continua orbitando a faixa dos R$ 14,00/kg. No varejo, a procura do consumidor por carne bovina também desacelerou, como é esperado dado o período sazonal de menor consumo da proteína.
Soja 
A forte queda de 3,00% no dólar, fez a soja brasileira recuar nesta terça-feira nos principais portos brasileiros, a cotação da oleaginosa no mercado físico voltou a rondar o patamar dos R$ 114,00/sc. Ainda assim, há poucos negócios de soja da safra atual sendo realizados com destino a exportação.
A soja nos EUA seguiu caminho parecido, já que observou desvalorização de 0,64% no vencimento para setembro/20, ficando cotada a US$ 8,91/bu. Mesmo o anuncio de novas vendas para a China e outros destinos, a pressão de uma melhora nas condições das lavouras norte-americanas pressionou as cotações da oleaginosa no solo norte-americano.
Agrifatto