Os preços de suínos medidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estão registrando valores recordes em julho, impulsionados por forte demanda e baixa oferta de animais em peso ideal para abate, informou o Cepea em nota.
As exportações brasileiras de carne suína (fresca, congelada ou refrigerada) continuam aceleradas em julho, chegando a 76,6 mil toneladas até a quarta semana de julho, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, na segunda-feira (27).
A média diária das exportações de carne suína nos 18 primeiros dias úteis do mês foi de 4,2 mil toneladas, comparada a 2,7 mil no mesmo mês do ano passado.
Entre 30 de junho e 23 de julho, o indicador Cepea/Esalq do preço do suíno em Santa Catarina subiu 40%, para o valor recorde de R$ 5,93/kg.
No Paraná, o indicador teve alta de 42%, a R$ 6,05/kg ou 16 centavos abaixo do recorde real no estado registrado em outubro de 2014.
Já em Minas Gerais, o suíno subiu 32%, a R$ 6,99/kg, próximo da máxima deflacionada de R$ 7,12/kg verificada em novembro de 2014.
O indicador também subiu em São Paulo, com alta de 34% na parcial do mês para R$ 6,41/kg. O recorde para o estado é de R$ 7,34/kg, registrado em novembro de 2014.
O Cepea disse que os custos de produção de suínos também continuam em alta, pressionados pelo aumento nos preços de farelo de soja e do milho e o encarecimento de outros insumos como consequência da valorização do dólar.
Em junho, os custos de produção de suínos medidos pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa tiveram a primeira queda mensal desde o início do ano, mas ainda acumulavam alta de 10,34% no ano. (CarneTec)