Lygia Pimentel é médica veterinária, economista e diretora executiva da Agrifatto
Caroline Matos é zootecnista e trainee pela Agrifatto
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na última quarta-feira (11/março) pandemia global por conta da rápida expansão do novo coronavírus (COVID-19). Atualmente, existem aproximadamente 128 mil casos confirmados pelo mundo, com a China liderando o ranking, seguido pela Itália, Irã, Coreia do Sul, França e etc. Apesar da grande quantidade de casos identificados, a mortalidade ainda é baixa, atingindo majoritariamente idosos e imunossuprimidos.
Isso posto, é interessante entender que a Itália possui uma população com maior participação de idosos do que a China. A idade média das populações de destaque estão colocadas abaixo:
China: 37 anos
Itália: 45 anos
EUA: 38 anos
Brasil: 33 anos
Fonte: Agência Brasil
A China ainda possui a maior quantidade de casos confirmados, porém, as infecções pelo vírus têm regredido fortemente. Novos casos na província de Hubei, considerado anteriormente o epicentro da doença, caíram para apenas um dígito pela primeira vez, ou seja, na quarta-feira foram localizados apenas 8 contágios. Em todo o país, apenas 15 novos casos foram identificados no mesmo período.
No Brasil, até o momento em que este artigo foi escrito, 78 pessoas foram diagnosticadas como novos casos. Estão localizados nas regiões de São Paulo (46), Rio de Janeiro (13), Paraná (2), Rio Grande do Sul (4), Pernambuco (2), Bahia (2), Distrito Federal (2), Alagoas (1), Espírito Santo (1) e Minas Gerais (1).
O tempo de incubação varia entre 2 até 15 dias, com média de 5 dias. Considerando o período de Carnaval, com maior fluxo de turistas e mais aglomerações, é possível que o número de novos casos se amplie.
Quanto ao mercado de commodities, os preços estão despencando em nível global.
A B3 teve um pregão com fortes perdas – Ibovespa recuando 11,65% e acionando pela 3° vez na semana o circuit breaker. No mercado futuro de boi, os contratos também perderam força e recuaram até o limite de baixa.
Enquanto as bolsas de todo mundo derretem, a China aumenta suas compras, aproveitando a queda de preços.