A Marfrig reafirmou suas metas para o ano na quinta-feira (15), após a divulgação de resultados do segundo trimestre, com expectativa de que o cenário na segunda metade do ano possa ser ainda mais favorável para os negócios da companhia.

“Confiamos que o segundo semestre do ano será muito melhor”, disse o presidente da companhia, Eduardo Miron, em teleconferência de resultados com analistas.

A Marfrig teve um lucro líquido de R$ 86,5 milhões no segundo trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 582 milhões no mesmo período do ano passado.

Um dólar valorizado em relação ao real tende a continuar favorecendo os resultados da Marfrig, já que cerca de 70% do faturamento da companhia vem das operações nos Estados Unidos.

A Marfrig também espera uma melhor geração de fluxo de caixa no segundo semestre, já que todo o investimento de capital de giro programado ocorreu na primeira metade do ano.

O cenário para a carne bovina nos Estados Unidos no segundo semestre também tende a ser mais positivo, favorecido por um ciclo favorável da pecuária e bom momento da economia norte-americana.

As operações da Marfrig na América do Sul devem continuar a se beneficiar da forte demanda vinda da Ásia. O crescimento do consumo de carne bovina na China, que já ocorria nos últimos anos, se intensificou após a identificação de casos de peste suína africana no país.

“Independente da febre suína, a China já é um demandante natural de carne bovina, pelo potencial gigante de consumo do país”, disse Miguel Gularte, que lidera os negócios da Marfrig na América do Sul.

“Com a peste suína, vimos esse mercado se potencializar em demanda e em preço”, disse Gularte.

Miron espera que a China habilite novas plantas brasileiras de carne bovina para exportar ao país asiático ainda neste ano.

A Marfrig divulgou mais cedo neste ano que espera fechar 2019 com uma receita líquida entre R$ 47 bilhões e R$ 49 bilhões, margem EBITDA ajustada de 8,7% a 9,5%, e fluxo de caixa livre entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. (CarneTec)