A queda acentuada nos preços dos combustíveis em meio à menor demanda reduziram a alta do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) a 0,05% em abril, contra salto de 1,64% em março, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A expectativa em pesquisa da Reuters era de um avanço de 0,27% no mês, de acordo com a mediana das estimativas. BRIGPD=ECI
Respondendo por 60% do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) desacelerou a alta a 0,11% no mês, de 2,33% em março.
Para o consumidor houve alívio dos preços em abril, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30% do IGP-DI, registrando queda de 0,18%, depois de subir 0,34% no mês anterior.
“Ainda que os alimentos estejam pressionando a inflação ao produtor e ao consumidor, a queda apurada nos preços dos combustíveis foi decisiva para a desaceleração da taxa do IGP-DI”, explicou André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV,
Em abril, os preços da gasolina no atacado despencaram 30,44%, enquanto que para o consumidor a queda foi de 6,76%, resultado que reflete a guerra de preços entre grandes países produtores de petróleo e o arrefecimento da demanda por combustível diante das medidas de isolamento em resposta ao coronavírus, explicou a FGV.
“Para o mês de maio, a queda esperada para os combustíveis poderá ser menor, mas os preços dos alimentos já anunciam relevante desaceleração para o mês em curso”, completou Braz.
Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou a avançar 0,22% em abril, ante alta de 0,26% no período anterior.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. (Reuters)