(Reuters) – As exportações de soja do país em abril somaram 10,05 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 10,26 milhões de toneladas do mesmo mês de 2018, de acordo com dados do governo publicados nesta quinta-feira.

Os embarques superaram as expectativas iniciais mais otimistas para o mês, avançando também na comparação com as 9 milhões de toneladas em março, em momento em que alguns operadores ficaram preocupados com uma maior concorrência dos EUA nas vendas para a China.

As exportações em abril normalmente marcam um dos períodos mais fortes de vendas de soja no ano do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa, quando o país já praticamente finalizou sua colheita.

Os volumes embarcados, contudo, também recuaram um pouco ante o total registrado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) em 2017 (10,4 milhões de toneladas) e 2016 (10,08 milhões de toneladas).

Apesar de uma safra com problemas de seca em importantes regiões produtoras, como Paraná e Mato Grosso do Sul, o Brasil deverá colher neste ano mais de 115 milhões de toneladas de soja, sua segunda maior safra da oleaginosa da história, contando com uma área plantada recorde, segundo pesquisa da Reuters recente.

Já as exportações de milho atingiram cerca de 430 mil toneladas, ficando acima do visto no mesmo período do ano passado, mas abaixo das quase 900 mil de março.

Já as exportações de etanol atingiram uma mínima da série histórica iniciada em 2006, em momento em que o consumo está elevado, com o produto bastante competitivo frente à gasolina.

Os embarques de etanol foram de apenas 4,1 milhões de litros, em mês em que a safra de cana do centro-sul ainda está começando.

As vendas internas de etanol hidratado, concorrente da gasolina, subiram 33,7 por cento no primeiro trimestre no Brasil, segundo a reguladora ANP, para 5,3 bilhões de litros.