Governadores e prefeitos dos Estados Unidos pediram ajuda do governo federal e até de cidadãos para combater o surto de coronavírus, enquanto o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) lançou uma série extraordinária de iniciativas para mitigar o impacto econômico da pandemia.

As autoridades tocaram o alarme quando democratas e republicanos do Senado dos EUA tentaram chegar a um acordo sobre um pacote de alívio econômico nesta segunda-feira, cientes de que o fracasso poderá ter um efeito devastador sobre Estados, cidades e empresas e provocar mais perdas acentuadas nas bolsas de valores dos EUA.

“Quero apelar a todos na Câmara e no Senado, vocês precisam ajudar cidades, vilas, países, Estados, hospitais públicos, hospitais particulares. Você precisa fornecer a todos eles um alívio direto”, disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, à CNN.

Com a adição de Maryland, Indiana, Michigan e Massachusetts nesta segunda-feira, 13 dos 50 Estados norte-americanos impuseram restrições aos movimentos das pessoas para reduzir a propagação do vírus, colocando o país em uma trilha semelhante à de nações europeias mais devastadas, como Itália e Espanha. Os Estados afetados têm uma população conjunta de mais de 140 milhões de pessoas.

FICAR EM CASA

Jerome Adams, do escritório do governo responsável pelo serviço de saúde pública dos EUA, pediu aos norte-americanos que prestassem atenção às advertências oficiais para ficarem em casa.

Estava previsto que o Senado se reunisse ainda nesta tarde para considerar o projeto, que os democratas argumentam ser favorável aos interesses corporativos sobre os trabalhadores da saúde, hospitais e governos estaduais e locais. Os republicanos, por sua vez, os acusaram de obstruir um estímulo muito necessário em meio a uma emergência nacional.

Especialistas independentes sugeriram que serão necessários mais de 15 dias para interromper a disseminação. O presidente dos EUA, Donald, Trump, emitiu diretrizes há uma semana que, segundo ele, visam retardar a propagação da doença em 15 dias. (Reuters)