(Reuters) – Autoridades comerciais dos Estados Unidos e da China irão discutir nesta sexta-feira planos para a China comprar mais produtos agrícolas dos EUA, mas em troca Pequim irá pedir o cancelamento de algumas tarifas norte-americanas planejadas e em vigor sobre importações chinesas, disseram à Reuters pessoas com conhecimento do assunto.

Robert Lighthizer, representante Comercial dos EUA, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o vice-premiê chinês, Liu He, conversão por telefone nesta sexta-feira, em mais uma tentativa de acalmar a guerra comercial que afeta mercados financeiros, cadeias de oferta e o crescimento econômico global.

Os dois lados estão trabalhando para tentar fechar um texto para a “fase 1” de um acordo comercial anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 11 de outubro, a tempo para que ele o assine junto ao presidente chinês, Xi Jinping, no próximo mês em uma cúpula no Chile.

Até agora, Trump concordou em cancelar apenas o aumento de tarifas de 15 de outubro sobre 250 bilhões de dólares em produtos chineses como parte do entendimento alcançado sobre compras agrícolas, maior acesso aos mercados de serviços financeiros da China, melhoria nas proteções de propriedade intelectual e pacto cambial.

Mas para fechar o acordo, Pequim deve pedir a Washington que desista de seu plano de impor tarifas sobre 156 bilhões de dólares em produtos chineses a partir de 15 de dezembro, disseram à Reuters duas fontes com base nos EUA.

Pequim também deve buscar a remoção das tarifas de 15% adotadas em 1 de setembro sobre 125 bilhões de dólares em produtos chineses, disse uma das fontes.

“Os chineses querem que as tarifas voltem ao original de apenas 250 bilhões de dólares em produtos”, disse a fonte.