(Reuters) – Tarifas precisam ser reduzidas para que a China e os Estados Unidos alcancem um acordo provisório sobre comércio, afirmou o Ministério do Comércio nesta quinta-feira, mantendo sua postura de que algumas tarifas norte-americanas precisam ser revertidas para a fase um de um acordo.
“O lado chinês acredita que se ambos os lados alcançarem a fase um de um acordo, as tarifas devem ser reduzidas de acordo”, disse o porta-voz do ministério, Gao Feng, acrescentando que os dois lados estão mantendo comunicação próxima.
A finalização da fase um de um acordo entre as duas maiores economias do mundo era inicialmente esperado para novembro, antes de entrar em vigor uma nova rodada de tarifas dos EUA em 15 de dezembro, cobrindo 156 bilhões de dólares em importações chinesas.
As delegações comerciais dos dois lados continuam travadas em discussões sobre “importantes questões de preocupação”, com o aumento das tensões bilaterais sobre questões não relacionadas ao comércio, como protestos em Hong Kong, prejudicando as perspectivas para um acordo no curto prazo buscando acabar com a guerra comercial.
A China alertou na quarta-feira que a legislação dos EUA pedindo uma resposta mais dura ao tratamento dado por Pequim aos Uighurs na região chinesa de Xinjiang afetará a cooperação bilateral.
Mas “não há necessidade de pânico” já que as negociações não pararam, disse à Reuters na quarta-feira uma fonte chinesa que aconselha Pequim sobre as negociações comerciais.
“Ambos os líderes conversaram sobre alcançar um acordo, e as autoridades estão agora finalizando o trabalho”, disse a fonte.