Milho

O tempo mais seco colaborou com os trabalhos em campo, e assim, o plantio com o milho safrinha no Centro-Sul avançou 9,0 p.p. na última semana, alcançando 15% da área prevista.

E assim, a semeadura se mostra adiantada com relação a mesma época do ano passado (quando estava em 3%) e também com relação à média dos últimos 5 anos (em torno de 4% da área para este período do ano).

O avanço dos trabalhos em campo amplia a área semeada dentro da janela ideal, entretanto, tratando-se de um ano com forte possibilidade da presença do fenômeno climático El Niño, os riscos ainda existem e mantém a precificação em aberto.

Por isso, as negociações no balcão esfriam, com manutenção das referências de preços que se refletem também no último indicador do CEPEA – que registrou tímida variação positiva de 0,05% e fechamento em R$ 38,88/sc.

Os contratos futuros mantêm os patamares mais altos, e o vencimento para março/19 baliza-se em torno de R$ 40,30/sc. Enquanto o contrato para maio/19 registra alta mais expressiva nesta manhã, ganhando R$ 0,20/sc e parcial em R$ 38,85/sc.
Boi gordo

Arroba pode ganhar firmeza no mercado físico nos próximos dias, principalmente pela reação da demanda, impulsionada pela virada de mês.

O pagamento de salários no início de cada mês tende a aumentar o consumo de carne bovina, acelerando o ritmo do escoamento de carne do atacado. Assim, frigoríficos precisam originar bois com maior intensidade.

As escalas de abate, nos estados levantados pela Agrifatto, estão entre 5,2 e 8,9 dias. A média dos estados está em 6,9 dias. Um avanço no consumo pode pressionar a indústria alongar as escalas, possibilitando avanços da arroba.

Na sexta-feira (25/jan), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 152,55/@, queda diária de -1,39%.

No mercado futuro, o feriado em São Paulo na última sexta-feira fez com que não ocorresse negociações na B3. Para o fechamento janeiro, será realizada a média dos 5 (cinco) últimos fechamentos, ou seja, sexta-feira é o primeiro dia a ser levado em conta.

No atacado, o quilo da carcaça encerrou a última semana cotado a R$ 10,01. Os preços podem se fortalecer em decorrência de um consumo interno maior.

Soja

Na última sexta-feira (25.jan), a expectativa de acordo para encerrar a paralisação parcial do governo federal norte-americano ofereceu fôlego as cotações em Chicago, que subiram em torno 0,80%.

Já que a paralisação do governo compromete informações acerca desta nova safra e mantém o cenário ainda mais nebuloso.

No início do pregão de hoje (28.jan) ajustes para baixo são registrados, mas os contratos conseguem manter os patamares relativamente mais altos. Vale destacar que a volta da divulgação dos relatórios pode vir acompanhadas de volatilidade em Chicago, com surpresa para dados de embarques norte-americanos e ajustes para a produção na América do Sul.

No Brasil as negociações devem continuar lentas, entretanto, o avanço da soja deve permitir maiores volumes chegando aos portos, e considerando a manutenção da disputa comecial entre EUA e China, o país asiático continuará voltado ao produto brasileiro.

E assim, os prêmios brasileiros já registram reajustes para cima, alcançando US$ 0,50/bushel para embarques em março/19 – alta semanal de 31,60%.

Portanto, as cotações domésticas podem continuar ganhando força nos próximos dias e recuperar o recuo de 0,58% do último indicado do CEPEA que fechou em R$ 77,68/sc (no dia 25/jan).

Cotações parciais

Boi gordo
Jan/19: 151,70 / 0,00
Fev/19: 152,50 / 0,40
Mar/19: 152,80 / 1,30
Mai/19: 150,80 / 0,40
Out/19: 157,00 / 0,00

Milho
Mar/19: 40,43 / 0,09
Mai/19: 38,73 / 0,08
Jul/19: 34,30 / 0,00
Set/19: 35,30 / 0,10

Soja – B3
Mar/19: 22,16

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 20,32 / 0,09
Mai/19: 20,52 / 0,00
Jul/19: 20,76 / 0,00

Soja – CBOT
Mar/19: 922,00 / -3,50
Mai/19: 935,50 / -3,50
Jul/19: 948,00 / -3,75
Ago/19: 953,25 / -3,00

Dólar comercial: 3,76

Dólar Futuro
Fev/19: 3762,50 / -10,50
Mar/19: 3775,00 / -9,00
Abr/19: 3790,00 / 0,00