Milho

Depois de uma semana de indicadores mais altos, acumulando alta próxima a 8,0%, o último fechamento do CEPEA trouxe uma leve correção dos preços, com queda sensível de 0,36% e fechamento em R$ 47,37/sc.

Mas o mercado continua fortalecido, e apesar de ter alcançado patamares mais altos, o produtor segue resistente em novas vendas pela expectativa de novos reajustes positivos a frente.

A percepção de nova rodada de altas fundamenta-se na maior necessidade de milho pelo setor de proteínas animais (especialmente pela maior participação do mercado externo), pelos estoques relativamente menores (forte exportação de milho nesta temporada) e ainda pela recente e expressiva valorização do dólar ante o real.

Além disso, devemos destacar a importância do clima nos próximos meses, ou seja, eventuais problemas para a próxima safrinha de milho adicionaria um novo fator altista.

Boi gordo

O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China divulgou na última semana que o seu estoque de matrizes cresceu 0,6% em outubro, registrando a primeira alta mensal desde abril de 2018.

As autoridades chinesas afirmam que a alta sinaliza uma possível recuperação do plantel suíno, e assim, esperam que 80% da produção seja recuperada até o final de 2020.

Entretanto, nas últimas semanas, um novo foco de peste suína africana (PSA) foi registrado no país, indicando que a doença ainda está em curso.

Além disso, segundo os últimos dados divulgados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) na segunda-feira (25), aproximadamente 7,2 milhões de suínos já foram eliminados na Ásia em decorrência da contaminação pelo vírus da PSA.

No mesmo relatório a organização estima que haja pelo menos 596 focos espalhados no continente asiático.

Soja

O dólar testou patamares mais altos ontem (26), superando o valor de R$ 4,27 nas primeiras horas do pregão, mas mostrou alívio, com fechamento em R$ 4,24/US$ (alta diária de 0,61%).

Apesar de um dólar mais fortalecido, os últimos reportes de negociações nos portos continuam apontando para vendas mais lentas, com menor apetite do mercado externo.

Baixa liquidez também deverá ser registrada amanhã (28), devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA, o que pode gerar maior volatilidade para as referências domésticas.

No mercado interno, as variações têm sido mais tímidas, com o indicador do CEPEA preservando patamares ao redor de R$ 90,00/sc há duas semanas. O último levantamento subiu 0,82% com fechamento em R$ 90,97/sc.