Pressão intensificada!
Boi gordo recua por mais um dia seguido na B3 e contrato para mai/24 fecha na mínima desde 25/08/23
Boi Gordo 
Começando a semana na “manivela”, o mercado físico não apresentou muitas movimentações nesta segunda-feira (26/02), o cenário segue o mesmo da semana passada, com as indústrias colocando o “pé no freio” nas compras e dando força para a pressão baixista sobre o animal. No Tocantins a desvalorização do boi gordo chegou a 3,1% no comparativo semanal, cotado a R$ 206,70/@ e escalas de abate rondando 8 dias úteis. Na B3, as quedas são mais intensas, o vencimento para mai/24 ficou precificado a R$ 227,00/@, com desvalorização de 1,02% e o menor valor desde 25/08/23.
As vendas no fim de semana de carne bovina foram consideradas razoáveis nos supermercados e fracas nos açougues, resultando em mercadorias estacionadas nos pontos de distribuição sem previsão de descarga, nesta segunda-feira há oferta de todos os cortes e pouca demanda, com os distribuidores abastecidos até o dia 01 de março. A carcaça do boi castrado e inteiro está em R$15,50/kg e R$14,00/kg, respectivamente.
Milho 
Em um mercado onde os agentes se mostram mais retraídos, o cenário do milho no doméstico continua de pouco movimento, se mantendo próximo dos R$ 63,50/sc em Campinas/SP. Os futuros de milho iniciaram a semana registrando novas perdas na B3, com as cotações alinhando-se à precificação internacional base porto (PPE) e refletindo a certa diminuição do risco relacionado à maior redução de área/oferta de milho 2ª safra no Brasil. O contrato mai/24 (CCMK24) retrocedeu 3,58% e fechou o pregão regular de 26/02 cotado em R$ 59,00/sc.
Após a sequência de quedas diárias, os futuros de milho acumularam ganhos superiores a 1% nesta segunda-feira em Chicago. Além do USDA reportar os dados de inspeções para embarques do cereal norte-americano acima do esperado até a semana encerrada em 22/fev, a valorização dos futuros de trigo na CBOT também contribuiu para tal movimento. O futuro de milho para mai/24 (CK24) avançou 1,93% e encerrou a sessão diurna de 26/02 cotado em US$ 4,22/bu.
Soja 
Com uma demanda mundial enfraquecida aliada ao avanço da colheita no Brasil, o preço do oleaginosa nesse início de semana foi em torno dos R$ 115,00/sc em Paranaguá/PR contabilizando também recuos nos prêmios de exportação e ligeira queda no dólar.

Apesar de seguir renovando importantes mínimas, os futuros do grão de soja retornaram e encerraram a segunda-feira no campo positivo em Chicago, acompanhando a valorização dos futuros de milho e do óleo de soja na CBOT, apesar do avanço da colheita de soja no Brasil e das indicações positivas relacionadas à safra Argentina. O contrato mai/24 (ZSK24) variou +0,31% e finalizou a sessão regular de 26/02 cotado em US$ 11,45/bu.