Comercialização pra outro momento?
Apesar da incógnita sobre oferta, preços de soja e milho seguem enfraquecidos no mercado brasileiro diante do cenário internacional moroso e sem apetite para compras robustas. Mesmo com a valorização do dólar encostando nos R$5,00, não trouxe combustível à precificação.
Milho
Devido as reduções nas exportações e agentes internos retraídos, o preço do grão no doméstico encerra o dia sendo negociado próximo dos R$ 62,50 em Campinas/SP. Os futuros de milho iniciaram a semana no campo negativo na B3, refletindo a acomodação dos preços domésticos do cereal, apesar da forte alta da taxa de câmbio observada nesta segunda-feira. O contrato mar/24 (CCMH24) desvalorizou 1,10% e fechou o pregão regular de 22/01 cotado em R$ 64,68/sc.
Em Chicago, os futuros de milho encerraram a segunda-feira praticamente no zero a zero, com os preços da commodity não esboçando reações positivas em virtude do cenário de elevada oferta a nível mundial. Nesta segunda-feira, o USDA reportou dados de inspeções semanais para embarques do cereal norte-americano até 18/01 dentro da faixa esperada pelo mercado, totalizando 713 mil toneladas. O contrato mar/24 (CH24) oscilou +0,06% e terminou a sessão diurna de 22/01 cotado em US$ 4,46/bu.
Boi Gordo
Iniciando a semana em ritmo semelhante a semana passada, a pressão baixista ganhou mais “corpo” sobre o boi gordo e em algumas regiões os pecuaristas já começaram a aceitar menos pelo animal terminado nas negociações. Em São Paulo, o recuo foi de 1,3%, no comparativo semanal, com o boi gordo precificado a R$ 243,80/@. Na B3, após registrar quedas consecutivas nas últimas semanas, o vencimento para jan/24 teve acréscimo de 0,33%, na comparação feita dia-a-dia, ficando cotado a R$246,65/@.
A terceira semana de jan/24 apresentou uma desaceleração nas exportações de carne bovina in natura, recuando 2,19% e fechando o período com 36,19 mil toneladas embarcadas, com média de 7,24 mil t/dia. A parcial do preço médio passou por recuo de 0,41% chegando ao patamar de US$ 4,51 mil/t, o menor preço desde meados de set/23.
Soja
Com maior oferta no mercado compradores inativos, mesmo com a alta do dólar a oleaginosa segue no mesmo patamar, fechando próxima dos R$ 121,50/sc em Paranaguá/PR.
Pegando carona na valorização dos futuros do óleo de soja e petróleo WTI, os futuros do grão de soja finalizaram a segunda-feira em território positivo na CBOT, com o mercado atento às condições climáticas na América do Sul e à demanda pela oleaginosa norte-americana. O contrato mar/24 (ZSH24) avançou 0,91% e encerrou a sessão regular de 22/01 cotado em US$ 12,24/bu.