Milho

O destaque da última semana ficou para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Os números que surpreenderam o mercado afastaram vendedores e compradores, que passaram a absorver os novos números do USDA.

Nesta segunda-feira (19), os futuros do cereal abrem o pregão com ligeiras desvalorizações, o set/19 recua 0,25 pontos para R$ 36,30/sc e o nov/19 cai 0,25 pontos para R$ 37,71/sc.

No Centro-Oeste, as negociações acontecem em compasso lento, de maneira a atender especialmente confinadores e fábricas da região. Em Paranaguá, as indicações estão ao redor de R$ 35,00/sc – no início da última semana, os valores estavam próximos a R$ 38,00/sc.

Por fim, a expedição Pro Farmer Midwest Crop Tour, iniciará seu acompanhamento da safra norte-americana. O mercado aguarda pelas informações que o grupo encontrará a campo, especialmente após os números recentes do USDA.

Boi gordo

O cenário do boi gordo continua com poucas novidades. A menor oferta de animais terminados, e o baixo consumo interno na segunda quinzena do mês, deve manter a indústria ponderada nas negociações.

Com isso, espera-se firmeza dos preços no curto prazo, com a praças pecuárias mantendo estabilidade ou variando positivamente conforme as indicações da demanda.

As escalas de abate na maioria das praças analisadas pela Agrifatto estão relativamente mais confortáveis em São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, com média de 7 dias úteis. No MS as escalas giram em torno de 5 dias úteis.

No atacado, a carcaça casada bovina avançou 0,4% na última semana, fechando com média no atacado paulista em R$ 10,36/kg, recuperando os preços registrados há 35 dias (13 de julho).

Na sexta-feira (16/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,20/@, alta de 0,65% no comparativo diário.

Na B3, o contrato futuro para setembro/19 manteve-se estável na comparação diária, fechando em R$ 156,50/@. Já o contrato para outubro/19 foi o mais negociado do dia, com fechamento em R$ 158,90/@ – recuo de 0,05 pontos ante o fechamento anterior.

Soja

Na última sexta-feira, o USDA informou a venda de quase 300 mil toneladas para “destinos não revelados”, alimentando a expectativa de que os embarques tenham sido para a China.

As compras viriam em um bom momento, após o país norte-americano adiar a adoção de novas tarifas, antes previstas para início em 1º de setembro.

A disputa comercial continua como uma grande nuvem sobre o mercado global, com as retóricas entre os dois países indo muito além das commodities agrícolas.

Outro ponto de incerteza fica para o clima norte-americano na próxima semana, já que o modelo dos EUA aponta chuvas no Corn Belt, enquanto o modelo Europeu indica período mais seco.

No mercado doméstico, as valorizações para o câmbio e altas para os prêmios reajustaram para cima as pedidas pelo grão. A soja em Paranaguá registrou-se ao redor de R$ 86,50/sc para entrega e pagamento no próximo mês.