Ressaca de ano novo atrasada?
Com cenário doméstico ainda indefinido, contexto global de oferta e demanda reforça tom de baixa para commodities

Milho
Com o mercado desacelerando nos últimos dias, o preço do grão segue caindo, fechando a sexta-feira na casa dos R$ 67,50/sc em Campinas/SP.
Fortes desvalorizações marcaram os vencimentos mais distantes de milho ao longo da última sexta-feira na B3, acompanhando a movimentação negativa das cotações externas da commodity diante do cenário de oferta mundial, além da continuidade de queda da taxa de câmbio. O contrato mar/24 (CCMH24) retrocedeu 4,28% e encerrou o pregão regular de 12/01 cotado em R$ 68,15/sc.

Quedas superiores a 2% foram observadas para os futuros de milho durante a última sexta-feira em Chicago. Em seu report mensal divulgado no dia 12/01, o USDA elevou a estimativa de oferta de milho nos EUA, na China e no mundo, porém com a demanda não acompanhando na mesma proporção. Neste sentido, o contrato mar/24 (CH24) terminou a sexta-feira precificado em US$ 4,47/bu, queda diária de 2,35%.

Boi Gordo 
Seguindo a tendência da semana, o mercado físico continuou na “queda de braço” entre pecuaristas que seguram a oferta e frigoríficos que com os estoques relativamente confortáveis resistem para oferecer mais pelo boi gordo. Quase todas as praças apresentam estabilidade para esta sexta-feira (12/01), a média brasileira, está cotada a R$ 223,60/@, sem variação na comparação diária e recuo de 0,5% na comparação semanal. Na B3, o vencimento para jan/24 teve recuo de 0,22%, ficando cotado a R$ 247,10/@.

Para as escalas de abate, apesar do escoamento de carne bovina no varejo não estar ajudando e com uma demanda “enfraquecida” para uma primeira quinzena de mês, a indústria (com estoques abastecidos) não conseguiu alongar suas programações e com isso, na média nacional, as indústrias fecharam a sexta-feira com as programações de abate atendendo a 9 dias úteis, com estabilidade no comparativo semanal.

Soja 
Chicago segue fechando no negativo, assim como o dólar, trazendo o preço da oleaginosa no mercado físico para baixo, encerrando o dia na casa dos R$ 127,50/sc em Paranaguá/PR.

Os futuros do grão de soja finalizaram a sexta-feira no campo negativo em Chicago. Apesar do ajuste negativo de 4 milhões de toneladas para a produção brasileira de soja em 23/24, o órgão elevou a oferta da commodity nos EUA e na Argentina, e também no mundo, diferentemente do observado para a demanda. O contrato mar/24 (ZSH24) oscilou -0,99% e fechou a sessão regular de 12/01 cotado em US$ 12,24/bu.