Milho

A comercialização lenta para o cereal continua sustentando o mercado, com o último fechamento do CEPEA registrando leve correção para cima. A alta de 0,18% elevou o indicador para R$ 38,90/sc.

Na esteira, os contratos até maio/19 também trabalham em campo positivo, balizando o milho em torno de R$ 38,00/sc para os 5 primeiros meses do ano. Vale lembrar ainda, que os contratos futuros passaram por acomodações de preços nesta semana.

Deste modo, os reajustes desta manhã (11.jan) já estavam no radar, especialmente com a liquidez restrita e incertezas climáticas.

Aliás, o impacto do clima em ano com o fenômeno climático El Niño, é um importante ponto de dúvida e de risco para a precificação do cereal em prazo mais longo. Este fator tem suportado valores do milho acima de R$ 34,50/sc desde o final do ano passado.

As referências pelo interior do país têm variações mistas, e de modo geral, acontecem de maneira comedida. E assim, enquanto o cereal no Triângulo Mineiro é reajustado para R$ 33,50/sc, em Rio Verde/GO a saca retorna para níveis em torno de R$ 29,00/sc.

Boi gordo

Cotações do boi gordo seguem estáveis, mas escalas de abate variam em diferentes sentidos. No atacado, preços recuam e podem pressionar arroba nos próximos dias.

Nos estados levantados pela Agrifatto, ontem (10/jan), os preços da arroba do boi gordo permaneceram estáveis em todas as regiões. Já em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás as escalas avançaram e atendem, em média, 8,5 dias úteis.

Em contrapartida, no Mato Grosso e em Rondônia as programações de abate recuaram 13,90%, para 5,7 e 6,2 dias úteis, respectivamente.

Ontem, o indicador Esalq/BM&F recuou 2,65%, ficando em R$ 149,05/@.

No mercado futuro da B3, a quinta-feira foi de fortalecimento dos preços. O contrato para janeiro avançou 0,13%, fechando o dia em R$ 152,20/@.

Já os vencimentos em fevereiro e maio subiram 0,20 e 0,10%, ficando em R$ 152,30/@ e R$ 151,20/@, respectivamente.

No atacado, os preços da carcaça casada recuaram 1,74% desde o início deste ano, passando de R$ 10,65/kg (02/jan) para R$ 10,46/kg (10/jan).

Soja

E continua a retórica comercial entre EUA e China, e sem confirmações sólidas sobre o avanço das negociações, os contratos futuros devolveram parte dos ganhos e fecharam em patamares menores.

A questão é que este ambiente incerto continua alimentando dúvidas, enquanto o câmbio se desvalorizando também pressiona para baixo as referências da soja. E assim, o último indicador recua 0,95% com fechamento em R$ 75,99/sc. Trata-se do menor valor em quase 11 meses.

Já os prêmios nos portos exibem estabilidade, ficando ao redor de +US$ 0,40/bushel para embarques em Paranaguá em abril e maio.

A comercialização segue travada, já que produtores ficam menos inclinados a venda com os fatores de precificação enfraquecidos.

E muito embora a relação comercial entre EUA e China seja fundamental para as cotações, acredito que o país deverá colher volume menor ante o projetado ontem (10.jan) no novo boletim da CONAB.

Ou seja, a menor oferta combinada com os estreitos estoques de passagem, deverão oferecer fôlego as cotações domésticas em um prazo mais longo.

Cotações parciais

Boi gordo
Jan/19: 151,80 / -0,35
Fev/19: 152,30 / 0,00
Mar/19: 152,45 / 0,00
Mai/19: 151,00 / -0,05
Out/19: 157,00 / 0,00

Milho
Jan/19: 38,57 / 0,18
Mar/19: 39,12 / 0,33
Mai/19: 37,30 / 0,15
Jul/19: 34,70 / 0,00

Soja – B3
Mar/19: 21,96

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 20,02 / 0,00
Mai/19: 20,34 / 0,00
Jul/19: 20,55 / 0,00

Soja – CBOT
Jan/19: 897,50 / 2,00
Mar/19: 910,50 / 3,75
Mai/19: 923,75 / 3,50
Jul/19: 936,00 / 3,75

Dólar comercial: 3,71

Dólar Futuro
Fev/19: 3714,50 / -1,50
Mar/19: 3713,50 / 0,00
Abr/19: 3702,00 / 0,00