Com 75% das áreas em condições boas ou excelentes, preço do milho nos EUA não consegue romper resistência
A melhora na economia mundial tem imprimindo um bom avanço para a produção de etanol nos EUA, no entanto, cotação do milho não consegue avançar com expectativa de safra grande.
Milho
Com a colheita ainda engatinhando no país, o volume de cereal exportado segue bem abaixo do registrado no mesmo período de 2019, nos cinco primeiro dias de junho/20 foram 38 mil toneladas de milho embarcadas para fora do país, uma queda de 88% se comparada ao cinco primeiros dias de junho/19 quando 314,48 mil toneladas de milho eram enviadas.
A cotação do milho no mercado interno segue pressionada tanto no físico quanto no futuro, na B3, o vencimento para julho/20 caiu 0,44% na segunda-feira, fechando à R$ 43,74/sc. Nos EUA, o plantio de milho chegou a 97% na última semana, com as áreas em condições boas ou excelentes avançando 1 p.p. em um total de 75% do total.
Boi gordo
A primeira semana de junho/20 demonstrou um desempenho fraco nas exportações de carne bovina em comparação ao que o país estava registrando nos últimos meses. O volume médio diário embarcado nos primeiro cinco dias deste mês foi de 5,47 mil toneladas, uma queda de 29% frente a média diária do mês de maio/20. No comparativo com junho/19 a diminuição no volume médio embarcado está em 9%.
A média da receita diária exportada está 30% menor em junho/20 em comparação com maio/20, chegando a US$ 23,74 milhões com a venda de proteína bovina. Tais números ligam o sinal de alerta para as renegociações chinesas, um “respiro” das compras por parte do país asiático pode afetar diretamente os preços no mercado interno, já que o consumo no país está fragilizado. As nossas projeções de exportações de carne bovina indicam para um volume embarcado entre 110 e 120 mil toneladas em junho/20.
Soja
O apetite chinês arrefeceu, mas continua forte pela soja brasileira, já que a média diária de oleaginosa embarcada nos cinco primeiros dias de junho de 2020 ficou em 666,77 mil toneladas, 48% a mais do que a média diária de junho/19. Ainda assim, confirma-se o “respiro” chinês pois no comparativo com maio/20, registra-se uma diminuição de 14% na média diária exportada.
A pressão segue sobre a soja brasileira nesta semana, o dólar buscou a casa dos R$ 4,89 na segunda-feira, e com isso a pressão para o rompimento do suporte dos R$ 105,00/sc segue forte. A semeadura da soja seguiu em ritmo acelerado na última semana, com um avanço de 9 p.p., e 86% da área total semeada, a primeira divulgação das condições da soja norte-americana trouxe um total de 70% da oleaginosa em condições boas/excelentes.
Agrifatto