Milho
Com o dólar despontando por mais um dia, as poucas ofertas de milho que foram negociadas no mercado interno registraram elevação nos preços e o cereal aos poucos volta a ser negociado à R$ 50,00/sc em algumas praças de São Paulo. Os olhos continuam no comportamento das chuvas para os próximos dias no Brasil, que apontam chuvas consideráveis até o dia 16, que seriam importantes para manter o potencial produtivo da 2ª safra no país.
Apesar da forte desvalorização do real, o milho norte-americano não sentiu o impacto de um ambiente mais competitivo com o cereal brasileiro e registrou alta de 1,36% nesta quinta-feira, voltando ao patamar dos US$ 3,16/bu. O otimismo veio aliado a demanda chinesa, que registraram compras de 686 mil toneladas do milho dos EUA, ainda assim há preocupações se estas compras chinesas continuaram no médio prazo.
Boi gordo
No atacado paulista de carne bovina, o cenário otimista observando nos últimos dias, devido o Dia das Mães, já está mudando de cara. Os registros já apontam para uma desaceleração das vendas que começam a dar espaço para ajustes negativos. A carcaça casada bovina está sendo negociada a R$ 13,00/kg para a próxima semana.
Para o mercado de boi as novidades são poucas, as referências são majoritariamente para animais de exportação, enquanto o mercado interno ainda demonstra fragilidade de consumo. Com isso, os preços continuam balizados pelos animais com destinação ao mercado externo. A arroba do boi China gira em torno de R$195-200/@ em São Paulo, enquanto para o boi comum o deságio médio é de R$ 10,00.
Soja
A quinta-feira foi marcada pela convergência de indicadores que fizeram a soja despontar no mercado físico brasileiro e quebrar mais um novo recorde, chegando a ser negociada acima dos R$ 110,00/sc. Com o dólar em franca ascensão, o mercado brasileiro põe no bolso qualquer notícia negativa que possa vir da Argentina ou dos EUA e deve registrar preços elevados enquanto o câmbio permitir.
Nos EUA, a quinta-feira foi positiva nos contratos com vencimento para 2020, o contrato para jul/20 registrou alta de 1,41%. O mercado norte-americano ignorou a desvalorização do real frente ao dólar e pôs foco sobre as vendas dos EUA para a China, que vieram dentro das expectativas do mercado, no entanto, os números totais do mês de abril/20 vieram melhor do que o esperado e fez com que traders recomprassem contratos e movimentassem o mercado para cima.