Preço da soja norte-americana recua pressionada pela expectativa de safra cheia
A cotação da oleaginosa em Chicago recuou 1,48% nesta terça-feira impactado pela melhora nas condições das lavouras dos EUA, com isso, a consolidação de uma safra cheia nos EUA está cada vez mais próxima.
Milho 
O mercado de milho estremeceu em Chicago nesta terça-feira, a cotação do cereal recuou 2,91% no comparativo diário, atingindo o valor de US$ 3,08/bu, a menor cotação registrada nos últimos 39 dias. A pressão sobre o milho norte-americano veio do relatório do USDA com a manutenção das boas condições da safra de cereal do país, com 72% do milho com condições boas/excelentes.
No Brasil, a pressão de Chicago atingiu diretamente as cotações do cereal na B3, que, após um forte de rally de alta nos últimos dias, viu o contrato com vencimento para setembro/20 recuar 1,65%, ficando cotado a R$ 51,89/sc. No físico, apesar da pressão externa negativa, a queda de braço entre vendedores e compradores continua, e o preço do milho em São Paulo continuou sustentado acima dos R$ 51,00/sc.
Boi gordo 
As expectativas de alta continuam pairando pelas cotações da arroba, que seguem em ambiente sustentado dada as exportações em alta e limitada oferta de boiada pronta para abate. Os preços em São Paulo orbitam a faixa dos R$ 220-225/@, com um ágio que varia de R$5-10/@ para os animais destinados à exportação. As programações de abate nas praças paulistas giram em torno de 4 dias úteis.
Na B3, os contratos futuros continuam fortalecidos e sugerem um mercado firme para este mês, o dia encerrou com o contrato em R$ 227,80/@, alta diária de 0,49%. O destaque do dia ficou para o novembro, que encerrou com maior alta diária de 0,58% e cotado a R$ 224,80/@.
Soja 
Após realizar a máxima histórica no mercado interno, a soja brasileira recuou levemente nesta terça-feira, mas ainda sustentada acima dos R$ 119,00/sc em Paranaguá. A desvalorização do dólar e da CBOT pesaram sobre a oleaginosa brasileira, que apesar da sustentação dada pelo prêmio pago no porto, viu suas cotações reagirem negativamente.
Em Chicago o dia foi de sangria para a soja, com o vencimento para setembro/20 recuando 1,48% ficando cotado a US$ 8,80/bu. Assim como no milho, a perspectiva de uma safra cheia nos EUA pesou sobre as cotações, com a divulgação do USDA sobre as condições das lavouras de soja norte-americanas melhorando 1 p.p. e se estabelecendo em 73% com condições boas/excelentes.
Agrifatto