Milho

O USDA divulgará no final da tarde de hoje (03/jun), nova atualização sobre a área semeada norte-americana, gerando movimentação técnica em Chicago com ajustes negativos dos contratos mais curtos.

O milho na B3 também passa por correções nesta manhã (03/jun), com o contrato para nov/19 caindo R$ 0,06/sc e com última parcial em R$ 39,74/sc.

Além da divulgação do boletim do USDA, espera-se atualização sobre os embarques brasileiros no último mês, com expectativas de exportação com o milho acima de 1 milhão de toneladas em maio/19.

As correções negativas em Chicago, combinadas com o dólar caindo 2,9% na última semana (a última referência fica em R$ 3,925/US$), pode afastar a ponta vendedora de novas negociações.

No mercado físico, as indicações para o cereal avançaram na última semana, subindo 5,6% em Cascavel/PR (R$ 32,87/sc), +3,8% no Triângulo Mineiro (R$ 31,55/sc), +1,7% em Sorriso/MT (R$ 22,00/sc) e alta de 0,8% em Rio Verde/GO (29,20/sc).

Boi gordo

A confirmação da atipicidade do caso de “vaca louca” e aumento do consumo interno devem aumentar a liquidez do mercado pecuário nesta semana.

Parte dos frigoríficos se retiraram das compras de boiadas após a divulgação de uma suspeita de caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE, popularmente conhecida com mal da “vaca loca”) no Mato Grosso.

No final da sexta-feira (31), o Ministério da Agricultura confirmou que este caso de BSE ocorreu de maneira espontânea e esporádica, e não está relacionada ao consumo de alimentos contaminados. Portanto, não apresenta riscos para animais ou humanos.

O pagamento de salários nos próximos dias deve aumentar o escoamento de carne bovina pelo atacado, podendo aliviar a pressão baixista que recaiu sobre a arroba nas últimas semanas.

Importante ressaltar que a formação de preços também depende da oferta de animais terminados, que se ampliou nas últimas semanas.

Na tarde de hoje (03/jun), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgará as exportações de carne bovina in natura referentes a maio, e a expectativa é que o ritmo dos embarques siga acelerado.

Na última sexta-feira (31/mai), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 153,15/@, queda de 0,07% no comparativo diário. A liquidação dos contratos da B3 referentes a maio se deu em R$ 152,84/@ (5/5).

No mercado futuro da B3, devido ao temor relativo aos embarques para a China, a queda se ampliou e o mercado trabalha abaixo de R$ 155,00/@ nesta manhã para o contrato de outubro.

Soja

Os prêmios brasileiros passaram por ajustes na última sexta-feira (31/mai), com as indicações para os embarques em julho/19 caindo de US$ 1,15 para US$ 1,05/bushel.

Os reportes trouxeram movimentação menor para os acordos no último dia do mês, e além da disputa de preços entre a ponta compradora e vendedora, o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, em taxar as importações mexicanas adicionaram nova camada de incerteza no cenário.

Quanto ao clima nos EUA, espera-se manutenção do período úmido ao longo das próximas semanas, mas os mapas climáticos de previsões mais longas ainda podem passar por mudanças neste mês.

Em horizonte mais curto, as chuvas no Corn Belt podem se registrar mais amenas nos próximos 5 dias, acumulando-se entre 15 e 25 mm.

E ainda que o plantio avance nesta semana, a produção norte-americana será menor na temporada 2019/20. A primeira projeção do USDA indicou produção de 112,95 milhões de toneladas (8,66% abaixo da produção anterior), e novas estimativas devem passar por correções negativas.