(Reuters) – A Argentina estabeleceu uma taxa máxima a ser paga por serviços portuários de embarque e desembarque, segundo publicação do governo no Diário Oficial desta terça-feira, uma mudança que o Ministério do Transporte disse que reduzirá os custos de atracação em até 40 por cento.
O movimento, antecipado anteriormente pela Reuters, ocorre em um momento em que o presidente Maurício Macri procura reduzir os custos de exportação de alimentos do país, terceiro maior exportador global de soja e milho. Sub as novas regras as taxas máximas diminuirão entre 20 e 40 por cento.
“Isso irá melhorar os custos de logística e a transparência do mercado. É mais um passo que permitirá que o setor portuário continue crescendo”, disse em comunicado o subsecretário nacional de portos e hidrovias no Ministério dos Transportes, Jorge Metz.
Metz disse à Reuters em novembro que o custo dos serviços de atracação em Rosário, o ponto de partida para 80 por cento das exportações agrícolas da Argentina, era de cerca de 108 mil dólares por navio. Isso representa cerca de 30 por cento dos custos portuários totais de cada barco.
O governo já havia alcançado anteriormente um acordo com o sindicato dos estivadores do Porto de Rosário para que eles aceitassem uma licitação competitiva para contratos de carga e descarga, quebrando um monopólio de décadas que resultou em custos elevados.
De acordo com a Câmara das Atividades Portuárias e Marítimas, o complexo portuário de Rosário– onde grandes tradings agrícolas como Cargill e Bunge possuem terminais– recebem cerca de 2.500 navios de carga por ano.