Caroline Matos é graduanda em zootecnia pela USP e estagiária pela Agrifatto

A espera sobre a habilitação das novas plantas exportadoras para China acabou no dia 9 de setembro deste ano, quando foram aprovadas 25 unidades frigoríficas – sendo 17 de carne bovina.

As expectativas de novas habilitações tinham a crise de proteína animal na China como pano de fundo, ocasionada pelo vírus da peste suína africana (PSA). Mais detalhes sobre as habilitações você pode conferir através deste link.

Como previsto anteriormente, a habilitação das novas plantas passaria a surtir efeito nos preços e exportações deste mês (out/19).

Gráfico 1.
Variação percentual do volume exportado de carne bovina in natura, indicador Cepea/Esalq e o preço médio por toneladas entre setembro e outubro de 2018 em comparação ao mesmo período de 2019.

Sendo assim, o desempenho das exportações já tem demonstrado aquecimento, até o 14º dia útil de outubro os envios de carne bovina in natura aumentaram 31,38% em comparação à média diária em setembro/19. Já no ano passado, o desempenho em outubro se mostrou menor em relação ao mês anterior, ou seja, as exportações caíram 22% entre outubro e setembro/18.

O preço médio da tonelada também avançou, registrando-se em US$ 4.396,09 – alta de 3,52% em relação a setembro/19.

As habilitações das novas plantas frigoríficas a exportar carne bovina ao gigante asiático foram confirmadas no dia 9 de setembro, desde então a arroba do boi gordo pelo indicador Cepea subiu 6,71%.

O indicador tem alcançado valores recordes nas últimas semanas, impulsionado principalmente pelas exportações aquecidas e a baixa disponibilidade de animais prontos para abate, ajustando a relação entre a demanda e a oferta.