Milho
O USDA divulgou ao final da tarde de ontem (03/jun) o novo boletim com o acompanhamento do plantio norte-americano.
Os dados demonstram os desafios em se avançar com os trabalhos em campo, com 67% da área sendo semeada até 02 de junho, contra 96% nesta mesma época do ano passado e também 96% para a média das últimas 5 safras.
Os dados vieram ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado, que projetava plantio ente 68 e 70% da área prevista.
Por aqui, o Ministério da Economia divulgou os dados completos para as exportações no último mês, com desaceleração dos embarques na última semana. Ainda assim, o país enviou 979,3 mil toneladas – cravando novo recorde para o volume exportado com milho em maio.
A média diária ficou em 44,5 mil toneladas – avanço de 119,4% ante o mês anterior, e ficando 1.543% acima do mesmo período do ano passado.
O valor médio em US$ 178,40 por tonelada é 4,1% menor em relação ao preço médio do mês anterior, mas 7,5% acima do mesmo período do ano passado.
E assim, os futuros do milho passam por correções positivas na B3, subindo ao redor de 0,20 pontos para os contratos mais curtos, e 0,40 pontos para os contratos mais longos. Mas vale destacar que há resistência em superar os próximos limites gráficos.
Boi gordo
Suspensão das exportações brasileiras para a China travou as negociações no mercado físico do boi gordo na segunda-feira (03/jun).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou em nota a interrupção temporária dos embarques à China, até que a autoridade chinesa conclua sua avaliação das informações sobre o caso atípico de “vaca louca” no Mato Grosso.
Diante deste cenário, grande parte das plantas frigoríficas acompanhadas pela Agrifatto retiraram-se das compras e devem pressionar as cotações da arroba no curto prazo.
Entretanto, a suspensão temporária de embarques para China não deve se alongar, e espera-se que os esclarecimentos venham nos próximos dias (ou semanas). A questão que fica é se a China continuará comprando bons volumes do Brasil, posto que ela configura como o segundo maior destino da carne bovina brasileira, representando 16,9% do volume embarcado entre janeiro e abril/19.
No mercado futuro da B3, o vencimento junho/19, que vinha sendo negociado acima de R$ 150/@, recuou até R$ 147,00/@ ontem, e nesta manhã está sendo negociado em R$ 148,50/@.
Já o contrato futuro para outubro/19, que há uma semana trabalhava acima de R$ 160/@, chegou a ser negociado em R$ 154,55/@ ontem. Na manhã de hoje (04), está sendo negociado em R$ 157,20/@.
Ontem (03/jun), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 154,45/@, alta de 0,85% ante o fechamento anterior.
Soja
A semeadura da soja também resiste em avançar pelas áreas norte-americanas, com o último boletim de acompanhamento do plantio indicando que 39% da área prevista foi plantada.
A proporção semeada neste ano ficou abaixo da média em 79% das últimas 5 temporadas, e abaixo a proporção de 86% da safra anterior.
Já as exportações brasileiras com a soja se mostraram relativamente menores neste mês de maio, com o país enviando 10,53 milhões de toneladas, queda de 0,22% em relação ao volume embarcado no mês anterior.
Com relação a maio/18, o recuo do volume ficou em 18,66%, entretanto, vale destacar que nesta época do ano passado, a guerra comercial estava avançando rápido, com quebra da safra argentina e ainda sem o surto de peste suína africana na China.
O valor médio da tonelada exportada ficou em US$ 346,54, 3,11% abaixo da média do mês anterior, e 14,3% menor frente o mesmo período do ano passado.
E após a divulgação dos relatórios, os futuros avançam nas principais bolsas, precificando o risco climático nos EUA, além do mercado internacional demandante da matéria-prima brasileira.
Em Chicago, alta ao redor de 7,5 cents/bushel e com o contrato para julho/19 precificado em US$ 8,86/bushel. Além disso, os contatos também parecem indicar resistência em continuar com novas valorizações mais expressivas.