Milho
Os produtores voltados as operações com a soja adotam posição defensiva, e retém a matéria-prima em movimento especulativo, na expectativa de fortalecimento das cotações.
Especialmente pela elevação dos custos de produção, puxados pela apreciação cambial e valorização do transporte que travaram a negociação.
Nesta manhã (06/nov), os contratos futuros na B3 se fortalecem, mantendo a trajetória altista após o fechamento na véspera também em campo positivo.
Após movimentação lateralizada dos últimos dias, players confirmaram o suporte de preços, e agora dão vazão ao movimento de alta. Vale destacar que o alto volume de contratos negociados permite que os vencimentos superem resistências gráficas, retornando aos patamares de 3 semanas atrás.
A perspectiva é que as cotações continuem mais fortalecidas até a chegada do produto da temporada 2018/19. Entretanto, em alguma medida, o movimento é técnico e novos ajustes devem acontecer até o final do ano – especialmente com a projeção de estoques de passagem maiores que as previsões iniciais.
Boi gordo
As cotações da arroba no mercado físico começaram a semana estáveis. Os frigoríficos aguardam uma resposta das vendas no varejo para originarem animais com maior avidez.
Segundo levantamento da Agrifatto, as indicações à vista para SP e MS não sofreram alterações ontem, ficando em R$ 149,54/@ e R$ 147,00/@ (para descontar Funrural), respectivamente. Em GO, as cotações subiram 0,24%, para R$ 137,67/@.
Os embarques de carne bovina in natura podem continuar em ritmo acelerado, posto que a China enfrenta um surto de peste suína africana e deve demandar volumes crescentes de proteína animal. Em setembro, o Brasil representou 40% das importações chinesas de carne bovina.
No comparativo semanal, o preço da carcaça casada no atacado subiu 1,8%, fechando a segunda-feira (05/nov) a R$ 9,91/kg.
O indicador Esalq/BM&F encerrou ontem a R$ 146,10/@ (+0,69%).
No mercado futuro da B3, os contratos com vencimentos em novembro e dezembro recuaram para R$ 146,85/@ (-0,27%) e R$ 149,45/@ (-0,17%), respectivamente.
Soja
Segundo o USDA, 83% da área norte-americana já foi colhida e a expectativa é de volume recorde. Entretanto, a demanda pelo grão se retraiu, mantendo as cotações pressionadas em Chicago.
As declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as negociações com a China trouxeram as cotações para equilíbrio em níveis mais altos, mas dependem que os avanços se concretizem para manutenção dos novos patamares.
Na comparação semanal, o contrato para jan/19 subiu 4,60% – equivalente a apreciação de US$ 0,40/bushel.
No mercado interno, a queda de Chicago desestimulou negócios tanto no mercado à vista quanto na comercialização da safra 2018/19.
No Porto de Paranaguá (PR), as indicações de compra estão em R$ 85,50/sc, para entrega em novembro e pagamento em dezembro.
Por fim, o indicador do CEPEA fechou ligeiramente menor, em R$ 79,20/sc (-0,85%).
Cotações parciais
Boi gordo
Nov/18: 149,55 / 0,00
Dez/18: 149,50 / 0,35
Jan/19: 150,25 / 0,00
Mar/19: 150,25 / 0,00
Milho
Nov/18: 35,77 / 0,35
Jan/19: 38,25 / 0,67
Mar/19: 37,61 / 0,61
Mai/19: 35,67 / 0,52
Soja – B3
Nov/18: 21,76
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 19,51 / 0,00
Jan/19: 19,83 / 0,00
Mar/19: 20,10 / 0,00
Mai/19: 20,36 / 0,00
Soja – CBOT
Nov/18: 873,25 / 0,25
Jan/19: 885,75 / 0,00
Mar/19: 898,00 / -0,25
Mai/19: 911,25 / -0,25
Dólar comercial: 3,75
Dólar Futuro
Nov/18: 3755,00 / 22,50
Dez/18: 3734,06 / 0,00
Jan/19: 3742,19 / 0,00
Fev/19: 3749,73 / 0,00
Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.
Bons negócios!