O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou de 0,49% na primeira quadrissemana de fevereiro para 0,40% na segunda leitura do mês, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador acumula alta de 9,42% em 12 meses, menor do que o avanço de 9,52% no período até a primeira medição.
Das oito categorias de despesas que compõem o IPC-S, quatro registraram desaceleração da primeira para a segunda quadrissemana de fevereiro. O destaque ficou com o grupo Educação, Leitura e Recreação (1,22% para 0,15%), puxado pelo arrefecimento de cursos formais (5,14% para 2,99%).
Habitação (0,18% para 0,07%), Comunicação (0,76% para 0,51%) e Vestuário (0,62% para 0,54%) também apresentaram decréscimo na taxa de variação. Nessas classes de despesa, os principais alívios foram de condomínio residencial (1,40% para 0,03%), mensalidade para TV por assinatura (2,13% para 1,07%) e roupas masculinas (0,64% para 0,37%), respectivamente.
Por outro lado, Transportes (0,15% para 0,34%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,02% para 0,07%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,23%) avançaram em relação à primeira quadrissemana. As acelerações tiveram forte influência dos itens licenciamento – IPVA (1,66% para 3,71%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,41% para 0,56%) e despachante (0,12% para 0,74%).
O grupo Alimentação, por sua vez, repetiu a taxa de variação de 1,17% registrada na última apuração, com influências em direções opostas de arroz e feijão (-0,99% para -0,31%) e aves e ovos (-0,99% para -1,53%).
Influências individuais
Passagem aérea (-8,30% para -8,51%), tarifa de eletricidade residencial (-1,34% para -1,24%) e gasolina (-0,90% para -0,86%) foram os itens que mais contribuíram para o alívio do IPC-S na segunda quadrissemana de fevereiro. Etanol (-1,89% para -2,87%) e plano e seguro de saúde (-0,48% para -0,48%) completam a lista.
Na outra direção, Licenciamento – IPVA (1,66% para 3,71%), curso de ensino fundamental (6,29% para 3,74%) e cenoura (41,09% para 55,18%) puxaram o indicador para cima, seguidos por curso de ensino superior (4,36% para 2,50%) e aluguel residencial (0,59% para 0,96%).
(Estadão Conteúdo)