Milho 

A quarta-feira (06/05) foi marcada pela volta das chuvas em grande parte do Brasil, os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul voltaram a registrar precipitações em regiões que estavam com o milho no ápice do seu estresse hídrico. Os problemas climáticos registrados durante a 2ª quinzena de abril em algumas partes do Brasil já afetaram a estimativa de produtividade, ainda assim, a expectativa continua para uma safra cheia no país.

Nos EUA, todos os contratos de milho negociados na CBOT registraram desvalorização, com o vencimento para julho/20 apresentando queda de 1,02% no comparativo diário, a variação negativa do petróleo puxou o cereal dos EUA. Ainda destoa no mercado a diferença entre o preço CBOT e B3 para o contrato julho/20, visto que o deságio do milho norte-americano para o Brasileiro está em R$ 2,48/sc, o que demonstra que mesmo com a chegada da safrinha brasileira no mercado, o cereal brasileiro ainda estaria 5,70% mais caro que o norte-americano.

Boi gordo 

O relatório do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), divulgado nesta semana, aponta que a suspensão das atividades em 9 plantas frigoríficas no estado, motivado pelos avanços do Covid-19 no Brasil, ocasionou em queda na utilização da capacidade industrial para 46,75%. A ociosidade no estado não foi ainda maior porque outras unidades compensaram aumentando sua produção.

No atacado paulista de carne bovina, a melhora do desempenho das vendas nesta semana tem enxugado os estoques, onde há certa dificuldade em realizar a reposição pela baixa oferta de produtos. Entretanto, os preços continuam estáveis com tendência de altas pontuais no curtíssimo prazo.

Soja 

Com o dólar voltando aos patamares dos R$ 5,70, a soja brasileira seguiu mais uma vez rumo aos R$ 106,00/sc nas negociações no mercado físico. Abrindo mais uma boa janela de comercialização para os produtores que necessitavam negociar a oleaginosa no mercado físico e também para o futuro, na safra 20/21. Os cenários traçados para os meses de julho e agosto de 2020, com um dólar a R$ 5,70, já apontam que a soja brasileira poderia chegar aos R$ 110,00/sc.

Nos EUA, o contrato futuro corrente da oleaginosa seguiu em queda na quarta-feira (06/05), reduzindo 0,92% no comparativo diário, chegando aos US$ 8,30/bu. A depreciação do real que tornou a soja brasileira mais competitiva que a norte-americana puxou para baixo as cotações da soja dos EUA, além disto, a tensão entra China e EUA que aumentou nos últimos dias tem afastado especuladores na bolsa norte-americana.