{"id":6186,"date":"2019-06-17T16:19:02","date_gmt":"2019-06-17T19:19:02","guid":{"rendered":"http:\/\/blog.agridata.agr.br\/?p=6186"},"modified":"2019-06-17T16:19:02","modified_gmt":"2019-06-17T19:19:02","slug":"fatto-agricola-16-analise-semanal-sobre-o-mercado-de-graos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blog.agridata.agr.br\/fatto-agricola-16-analise-semanal-sobre-o-mercado-de-graos\/","title":{"rendered":"Fatto Agr\u00edcola #16 – An\u00e1lise semanal sobre o mercado de gr\u00e3os"},"content":{"rendered":"
Gustavo Machado \u00e9 engenheiro agr\u00f4nomo e consultor de mercado pela Agrifatto<\/span><\/i><\/span><\/p>\n <\/p>\n Resumo da semana:<\/i><\/b><\/span><\/p>\n O relat\u00f3rio de oferta e demanda divulgado pelo USDA na \u00faltima ter\u00e7a-feira (11\/jun) permitiu novas valoriza\u00e7\u00f5es para os pre\u00e7os futuros. <\/span><\/i><\/span><\/p>\n O milho na B3 tamb\u00e9m reagiu e retornou aos maiores patamares j\u00e1 negociados neste ano.<\/span><\/i><\/span><\/p>\n Com as altas em Chicago, a ponta vendedora se voltou para novas negocia\u00e7\u00f5es, aquecendo o mercado f\u00edsico brasileiro, embora ajustes para o c\u00e2mbio tenham limitado as valoriza\u00e7\u00f5es.<\/span><\/i><\/span><\/p>\n J\u00e1 o milho, que est\u00e1 sendo colhido neste momento, cumpre acordos fechados anteriormente, tendo o mercado externo como destino. Nesse cen\u00e1rio, as cota\u00e7\u00f5es de balc\u00e3o ainda resistem a novos ajustes.<\/span><\/i><\/span><\/p>\n Espera-se que a partir do final deste m\u00eas, os volumes para o mercado dom\u00e9stico sejam ampliados, o que pode aliviar as cota\u00e7\u00f5es de balc\u00e3o.<\/span><\/i><\/span><\/p>\n Por fim, a CONAB tamb\u00e9m revisou sua expectativa de produ\u00e7\u00e3o de milho nesta temporada, passando de 95,25 para 97 milh\u00f5es de toneladas. As exporta\u00e7\u00f5es tamb\u00e9m foram reajustadas, passando de 31 para 32 milh\u00f5es de toneladas.<\/span><\/i><\/span><\/p>\n <\/p>\n Os cortes para a nova safra norte-americana de milho elevaram as cota\u00e7\u00f5es dos contratos futuros. O milho em Chicago subiu 2,5% na \u00faltima ter\u00e7a-feira (11) ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o do relat\u00f3rio de junho de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).<\/span><\/p>\n E o <\/span>milho<\/b> na bolsa brasileira tamb\u00e9m ganhou novo f\u00f4lego, subindo ao redor de 3,5% no dia da publica\u00e7\u00e3o do relat\u00f3rio. Os contatos na B3 retornaram aos maiores patamares j\u00e1 negociados neste ano, abrindo oportunidades de <\/span>hedge <\/span><\/i>para a ponta vendedora.<\/span><\/span><\/p>\n Ap\u00f3s as rodadas de altas, movimenta\u00e7\u00f5es para realiza\u00e7\u00e3o de lucros podem corrigir os valores para baixo, especialmente com o milho safrinha chegando ao mercado dom\u00e9stico nas pr\u00f3ximas semanas, mas a safra norte-americana em aberto se mant\u00e9m como importante fator de suporte <\/span><\/p>\n A <\/span>soja<\/b> em Chicago tamb\u00e9m se valorizou na \u00faltima semana, o contrato para agosto\/19 recuperou pre\u00e7os em US$ 9,00\/bushel \u2013 n\u00edvel que n\u00e3o era alcan\u00e7ado desde o final de abril deste ano.<\/span><\/span><\/p>\n O setembro\/19 voltou a US$ 9,10\/bu e o novembro\/19 recuperou o patamar em US$ 9,20\/bu. Ambos os contratos tamb\u00e9m n\u00e3o registravam essas cota\u00e7\u00f5es desde 16 de abril.<\/span><\/p>\n <\/p>\n A colheita com o <\/span>milho<\/b> segue avan\u00e7ando, o Departamento de Economia do Paran\u00e1 (DERAL) informou que 12% da safrinha j\u00e1 foi colhida (contra 2,2% da m\u00e9dia dos \u00faltimos 5 anos). No Mato Grosso, o IMEA registrou colheita de 8,57% das \u00e1reas, contra 4,15% na m\u00e9dia das \u00faltimas 5 temporadas.<\/span><\/span><\/p>\n O cereal colhido agora atende a contratos fechados anteriormente, sendo destinados principalmente ao mercado externo. Neste ambiente, as cota\u00e7\u00f5es no f\u00edsico ainda resistem a ajustes negativos.<\/span><\/p>\n Em Rondon\u00f3polis\/MT, rodaram lotes ao redor de R$ 26,00\/sc (FOB) com destino ao mercado externo. Em Campo Verde, no mesmo estado, as negocia\u00e7\u00f5es ficaram ao redor de R$ 24,00\/sc. <\/span><\/p>\n Em Dourados\/MS, as negocia\u00e7\u00f5es orbitam R$ 29,00\/sc (FOB), e tamb\u00e9m registra baixo volume dispon\u00edvel para o mercado interno. Em Rio Verde\/GO, o valor ficou est\u00e1vel ao redor de R$ 29,50\/sc.<\/span><\/p>\n Para a <\/span>soja<\/b>, houve negocia\u00e7\u00f5es em torno de R$ 70,00\/sc em Rondon\u00f3polis\/MT, para retirada no pr\u00f3ximo m\u00eas. A demanda veio de esmagadoras da regi\u00e3o. Em Dourados\/MS, as indica\u00e7\u00f5es ficaram em torno de R$ 71,00\/sc (FOB) para retirada imediata e pagamento no m\u00eas seguinte.<\/span><\/span><\/p>\n Os pre\u00e7os de balc\u00e3o para a soja na \u00faltima semana, responderam positivamente as eleva\u00e7\u00f5es em Chicago, mas os ajustes para o c\u00e2mbio limitaram a varia\u00e7\u00f5es altistas.<\/span><\/p>\n <\/p>\n O Minist\u00e9rio da Economia divulgou os dados das exporta\u00e7\u00f5es at\u00e9 a segunda semana de junho (10 primeiros dias \u00fateis).<\/span><\/p>\n O pa\u00eds embarcou 4,48 milh\u00f5es de toneladas de <\/span>soja <\/b>no per\u00edodo, registrando m\u00e9dia di\u00e1ria de 448,1 mil toneladas. Trata-se de um desempenho 9,1% menor em rela\u00e7\u00e3o ao m\u00eas anterior, e recuo de 9,7% frente a m\u00e9dia di\u00e1ria do mesmo per\u00edodo em 2018.<\/span><\/span><\/p>\n O valor m\u00e9dio ficou em US$ 342,00 por tonelada, queda de 1,5% em rela\u00e7\u00e3o ao pre\u00e7o m\u00e9dio no m\u00eas anterior, e recuo de 15,1 p.p. em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/span><\/p>\n Os embarques com o milho somaram 173,2 mil toneladas, com m\u00e9dia de 17,3 mil toneladas. O desempenho se registra 63% menor em rela\u00e7\u00e3o ao m\u00eas anterior, mas ainda se registra 154,7% superior em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/span><\/p>\n O valor m\u00e9dio negociado ficou em US$ 175,5 por tonelada, queda de 12,2% na compara\u00e7\u00e3o mensal, e recuo de 27,3% na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/span><\/p>\n Destaca-se os relat\u00f3rios de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), especialmente as suas novas proje\u00e7\u00f5es para o milho.<\/span><\/p>\n O USDA fez um importante corte para a produ\u00e7\u00e3o norte-americana, a nova estimativa em 347,48 milh\u00f5es de toneladas veio 9,0% menor ante o relat\u00f3rio do \u00faltimo m\u00eas. Segundo os novos n\u00fameros, ser\u00e1 a menor safra desde a temporada de 2015\/16.<\/span><\/p>\n Outro n\u00famero impressionante ficou para a queda de 32,6% para a previs\u00e3o dos estoques finais neste relat\u00f3rio, previstos agora em 42,45 milh\u00f5es de toneladas.<\/span><\/p>\n J\u00e1 a CONAB subiu a produ\u00e7\u00e3o brasileira com o cereal para 97,01 milh\u00f5es de toneladas (o relat\u00f3rio anterior previa 95,25 milh\u00f5es de tons). As exporta\u00e7\u00f5es tamb\u00e9m foram revistas para 32 milh\u00f5es de toneladas (ante 31 milh\u00f5es de tons).<\/span><\/p>\n <\/p>\n No radar continua a safra norte-americana, com o mercado acompanhando os impactos do clima sobre o plantio.<\/span><\/p>\n No \u00faltimo final de semana registrou-se chuvas expressivas nas principais regi\u00f5es produtoras, com os mapas clim\u00e1ticos ainda indicando instabilidade nos pr\u00f3ximos dias.<\/span><\/p>\n O clima desafiador j\u00e1 elevou os pre\u00e7os em Chicago no in\u00edcio desta semana (17\/jun). A volatilidade continuar\u00e1 em alta!<\/span><\/p>\n <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Gustavo Machado \u00e9 engenheiro agr\u00f4nomo e consultor de mercado pela Agrifatto Resumo da semana: O relat\u00f3rio de oferta e demanda divulgado pelo USDA na \u00faltima ter\u00e7a-feira (11\/jun) permitiu novas valoriza\u00e7\u00f5es para os pre\u00e7os futuros. O milho na B3 tamb\u00e9m reagiu e retornou aos maiores patamares j\u00e1 negociados neste ano. Com as altas em Chicago, […]<\/p>\n\n
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