{"id":5486,"date":"2019-04-15T17:09:07","date_gmt":"2019-04-15T20:09:07","guid":{"rendered":"http:\/\/blog.agridata.agr.br\/?p=5486"},"modified":"2019-04-15T17:18:23","modified_gmt":"2019-04-15T20:18:23","slug":"fatto-agricola-7-analise-semanal-sobre-mercado-de-graos-2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blog.agridata.agr.br\/fatto-agricola-7-analise-semanal-sobre-mercado-de-graos-2\/","title":{"rendered":"Fatto Agr\u00edcola #7 – An\u00e1lise semanal sobre mercado de gr\u00e3os"},"content":{"rendered":"
Gustavo Machado \u00e9 engenheiro agr\u00f4nomo e consultor de mercado pela Agrifatto<\/span><\/p>\n Resumo da semana:<\/i><\/b><\/p>\n Na \u00faltima semana, o predom\u00ednio foi de baixa para os fatores de precifica\u00e7\u00e3o. Os pr\u00eamios para a soja nos portos recuaram para n\u00edveis em US$ 0,35\/bushel (para embarques do primeiro semestre).<\/span><\/i><\/p>\n As indica\u00e7\u00f5es para o milho tamb\u00e9m foram pressionadas para baixo, com recuo das refer\u00eancias em importantes pra\u00e7as pelo pa\u00eds. Na esteira, os futuros para o milho na bolsa brasileira tamb\u00e9m se ajustaram, com os contratos alcan\u00e7ando os menores patamares j\u00e1 negociados neste ano.<\/span><\/i><\/p>\n E o c\u00e2mbio iniciou a \u00faltima semana em queda, passando de R$ 3,84 para a m\u00ednima em R$ 3,81 na quarta-feira (10\/abr), mas conseguiu recuperar as perdas no final da semana, subindo 1,72% para R$ 3,88.<\/span><\/i><\/p>\n Al\u00e9m disso, importantes relat\u00f3rios de oferta e demanda foram divulgados na \u00faltima semana, com proje\u00e7\u00e3o de safra cheia no Brasil. Calcula-se colheita de 94 milh\u00f5es de toneladas de milho (CONAB).<\/span><\/i><\/p>\n O clima nos EUA ganha, gradualmente, import\u00e2ncia para a precifica\u00e7\u00e3o. Espera-se continuidade do per\u00edodo frio e chuvoso, embora o clima desfavor\u00e1vel neste in\u00edcio de temporada n\u00e3o represente, pelo menos por enquanto, preju\u00edzos substanciais para a pr\u00f3xima safra.<\/span><\/i><\/p>\n A \u00faltima semana foi marcada por desvaloriza\u00e7\u00f5es dos contratos futuros de gr\u00e3os.<\/span><\/p>\n Os contratos de milho na B3, que vinham at\u00e9 a semana anterior respeitando os limites gr\u00e1ficos e praticamente andando de lado, perderam a sustenta\u00e7\u00e3o e buscaram por cota\u00e7\u00f5es menores.<\/span><\/p>\n Os contratos com maior liquidez cederam em maior intensidade e, assim, o vencimento para maio caiu 3,07% ao longo da \u00faltima semana (com fechamento em R$ 34,70\/sc), e o setembro caiu 2,54% para R$ 33,88\/sc.<\/span><\/p>\n Vale destacar que o vencimento para setembro\/19 alcan\u00e7a os menores valores do ano, abrindo oportunidades de <\/span>hedge<\/span><\/i> para a necessidade do insumo do 2\u00ba semestre.<\/span><\/p>\n J\u00e1 os contratos para a soja em Chicago responderam pouco ao relat\u00f3rio do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), continuando com movimenta\u00e7\u00e3o bastante t\u00e9cnica. Al\u00e9m disso, o vencimento para maio resiste em manter equil\u00edbrio acima de US$ 9,00\/bushel.<\/span><\/p>\n No mercado f\u00edsico do milho, as refer\u00eancias que vinham mantendo os n\u00edveis de pre\u00e7os tamb\u00e9m mostraram al\u00edvio na \u00faltima semana.<\/span><\/p>\n A press\u00e3o negativa acontece por uma combina\u00e7\u00e3o de fatores, como a menor necessidade da ponta compradora no curto prazo, a expectativa de oferta cheia pela safrinha e, especialmente pela queda do c\u00e2mbio e da B3.<\/span><\/p>\n Em Paranagu\u00e1, a varia\u00e7\u00e3o para baixo de 3,10% alterou a refer\u00eancia para R$ 35,50\/sc, e na esteira, a paridade para o cereal mato-grossense caiu 6,93% para R$ 19,43\/sc. Al\u00e9m disso, a m\u00e9dia do milho no MT baliza-se em R$ 22,35\/sc (-2,15% na compara\u00e7\u00e3o semanal).<\/span><\/p>\n As indica\u00e7\u00f5es de pre\u00e7os para entrega futura de milho tamb\u00e9m esfriaram. Na regi\u00e3o de Rondon\u00f3polis\/MT e em Rio Verde\/GO, houve reporte de negocia\u00e7\u00f5es em torno de R$ 23,50\/sc para entrega em julho e agosto.<\/span><\/p>\n Em Dourados\/MS, as negocia\u00e7\u00f5es seguem paradas pela disputa de pre\u00e7os entre as duas pontas, com negocia\u00e7\u00f5es girando ao redor de R$ 26,00\/sc.<\/span><\/p>\n Os embarques com a soja esfriaram na segunda semana de abril, e se no in\u00edcio do m\u00eas o ritmo di\u00e1rio registrava-se em 604 mil toneladas, na segunda semana, o desempenho caiu para 504,40 mil toneladas.<\/span><\/p>\n Mas apesar da desacelera\u00e7\u00e3o, o pa\u00eds embarcou 5,04 milh\u00f5es de toneladas nos 10 primeiros dias \u00fateis deste m\u00eas, propor\u00e7\u00e3o 5,47% superior quando comparado com o m\u00eas anterior e 3,25% maior ante o mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/span><\/p>\n Para o milho, o pa\u00eds enviou 246 mil toneladas no mesmo per\u00edodo, um ritmo di\u00e1rio 47,59% inferior quando comparado com mar\u00e7o\/19, entretanto, registra avan\u00e7o de 350% quando comparado com o mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/span><\/p>\n O destaque fica para o 7\u00ba boletim de acompanhamento de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).<\/span><\/p>\n O \u00f3rg\u00e3o reajustou para cima a expectativa de produ\u00e7\u00e3o de milho, com a safrinha podendo alcan\u00e7ar 68,14 milh\u00f5es de toneladas – se confirmado, ser\u00e1 um avan\u00e7o de 26,4% ante a safrinha anterior. E assim, a colheita total pode alcan\u00e7ar 94 milh\u00f5es de toneladas – alta de 16% ante a safra 2017\/18.<\/span><\/p>\n Al\u00e9m disso, a Companhia estima que as exporta\u00e7\u00f5es dever\u00e3o fechar o ano em torno de 31 milh\u00f5es de toneladas, e que o consumo interno para alimenta\u00e7\u00e3o animal ser\u00e1 de 62,5 milh\u00f5es de toneladas.<\/span><\/p>\n As negocia\u00e7\u00f5es entre os EUA e a China parecem avan\u00e7ar, com o an\u00fancio da cria\u00e7\u00e3o de \u201cescrit\u00f3rios de implementa\u00e7\u00e3o\u201d em ambos os pa\u00edses. Aparentemente, restam detalhes em \u00e1reas mais delicadas e estruturais, como propriedade intelectual e transfer\u00eancia de tecnologia.<\/span><\/p>\n E embora seja dif\u00edcil at\u00e9 mesmo especular sobre uma data para o fim da guerra comercial, o fato \u00e9 que o mercado acredita em algum tipo de acordo entre os dois pa\u00edses, e frustra\u00e7\u00e3o sobre o avan\u00e7o das negocia\u00e7\u00f5es resultaria negativamente sobre os mercados.<\/span><\/p>\n O clima nos EUA tamb\u00e9m dever\u00e1 ganhar import\u00e2ncia cada vez maior, com previs\u00e3o de temperaturas ainda menores na pr\u00f3xima semana, e chuvas acima da m\u00e9dia para o per\u00edodo. Entretanto, devido a janela ainda prolongada para o plantio, o desempenho da temporada 2019\/20 n\u00e3o est\u00e1 definido.<\/span><\/p>\n No Brasil, entra no radar a redu\u00e7\u00e3o das chuvas ao final deste m\u00eas.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Gustavo Machado \u00e9 engenheiro agr\u00f4nomo e consultor de mercado pela Agrifatto Resumo da semana: Na \u00faltima semana, o predom\u00ednio foi de baixa para os fatores de precifica\u00e7\u00e3o. Os pr\u00eamios para a soja nos portos recuaram para n\u00edveis em US$ 0,35\/bushel (para embarques do primeiro semestre). As indica\u00e7\u00f5es para o milho tamb\u00e9m foram pressionadas para baixo, […]<\/p>\n\n
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