{"id":5296,"date":"2019-03-28T10:42:29","date_gmt":"2019-03-28T13:42:29","guid":{"rendered":"http:\/\/blog.agridata.agr.br\/?p=5296"},"modified":"2019-03-28T10:42:29","modified_gmt":"2019-03-28T13:42:29","slug":"perspectiva-para-safra-de-soja-do-brasil-se-consolida-em-torno-de-114-mi-t-apontam-analistas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blog.agridata.agr.br\/perspectiva-para-safra-de-soja-do-brasil-se-consolida-em-torno-de-114-mi-t-apontam-analistas\/","title":{"rendered":"Perspectiva para safra de soja do Brasil se consolida em torno de 114 mi t, apontam analistas"},"content":{"rendered":"

(Reuters) – A colheita da safra de soja 2018\/19 do Brasil se encaminha para o fim com o mercado consolidando suas proje\u00e7\u00f5es em torno de 114 milh\u00f5es de toneladas, j\u00e1 que a regulariza\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica a partir de fevereiro ajudou a estancar as fortes perdas observadas na virada de ano, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta quarta-feira.<\/p>\n

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Na m\u00e9dia de estimativas de 12 consultorias e entidades do mercado, o Brasil, maior exportador global de soja, produzir\u00e1 no ciclo vigente 114,24 milh\u00f5es de toneladas da oleaginosa, volume 4,2 por cento menor na compara\u00e7\u00e3o com o recorde de 2017\/18.<\/p>\n

Trata-se ainda de um ligeiro corte ante os 114,59 milh\u00f5es de toneladas apontados no levantamento de fevereiro.<\/p>\n

Caso se confirme, a quantidade seria a segunda maior da hist\u00f3ria, superando por pouco os 114,1 milh\u00f5es de toneladas de 2016\/17.<\/p>\n

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\u201cCom a colheita de soja j\u00e1 bastante avan\u00e7ada, sobretudo nas maiores pra\u00e7as produtoras, como Mato Grosso, estimamos que boa parte das perdas de produtividade da safra 2018\/19 j\u00e1 foram contabilizadas\u201d, afirmou Daniely Santos, analista da C\u00e9leres.<\/p>\n

Esperava-se, inicialmente, que o Brasil produzisse mais de 120 milh\u00f5es de toneladas de soja na atual temporada, gra\u00e7as a um plantio hist\u00f3rico de 36 milh\u00f5es de hectares regado a boas condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Mas uma estiagem marcada por altas temperaturas entre dezembro e janeiro jogou por terra esse progn\u00f3stico.<\/p>\n

As precipita\u00e7\u00f5es voltaram \u00e0 normalidade a partir de fevereiro, evitando mais perdas de produtividade, mas n\u00e3o compensando os problemas anteriores. O resultado \u00e9 uma safra marcada por expressiva desuniformidade no que tange ao rendimento da soja.<\/p>\n

\u201cMato Grosso do Sul e Paran\u00e1 t\u00eam perdas de produtividade pr\u00f3ximas de 15 por cento, na m\u00e9dia, em rela\u00e7\u00e3o ao \u00faltimo ciclo. No Matopiba (Maranh\u00e3o, Tocantins, Piau\u00ed e Bahia), observou-se um cen\u00e1rio de produtividade 13 por cento abaixo do ano passado, mas, ainda assim, 9 por cento acima da m\u00e9dia dos \u00faltimos cinco anos. Em termos gerais, Mato Grosso teve produ\u00e7\u00e3o muito pr\u00f3xima da do ano passado e o Rio Grande do Sul tem perspectivas acima do \u00faltimo ano\u201d, afirmou o analista Victor Ikeda, do Rabobank.<\/p>\n

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Mais de dois ter\u00e7os da \u00e1rea plantada com soja no Brasil em 2018\/19 j\u00e1 foram colhidos, segundo a consultoria AgRural.<\/p>\n

H\u00e1 ainda trabalhos de campo principalmente no Rio Grande do Sul e no Matopiba, regi\u00f5es que plantam mais tarde, bem como no Paran\u00e1, que viu as atividades perderem ritmo nas \u00faltimas semanas por causa da chuvarada.<\/p>\n

De acordo com previs\u00e3o do Agriculture Weather Dashboard, do Refinitiv Eikon, as chuvas ficar\u00e3o dentro ou abaixo da m\u00e9dia em praticamente todo o centro-sul at\u00e9 meados de abril. No Matopiba, por\u00e9m, deve chover at\u00e9 mais de 200 mil\u00edmetros acima do normal, potencialmente atrapalhando a colheita de soja.<\/p>\n<\/div>\n

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