{"id":3075,"date":"2018-08-14T09:46:22","date_gmt":"2018-08-14T12:46:22","guid":{"rendered":"http:\/\/blog.agridata.agr.br\/?p=3075"},"modified":"2018-08-14T09:46:22","modified_gmt":"2018-08-14T12:46:22","slug":"preco-do-boi-melhora-mas-criadores-gastam-mais-para-engordar-o-gado","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blog.agridata.agr.br\/preco-do-boi-melhora-mas-criadores-gastam-mais-para-engordar-o-gado\/","title":{"rendered":"Pre\u00e7o do boi melhora, mas criadores gastam mais para engordar o gado"},"content":{"rendered":"
Em julho, o pre\u00e7o pago pela arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul fechou valendo R$ 131,77, valoriza\u00e7\u00e3o de 13,2% em um ano. A alta foi puxada pela demanda aquecida num per\u00edodo de baixa oferta. No entanto, a regi\u00e3o sofre com a falta de chuva.<\/p>\n<\/div>\n
O pecuarista Luiz Vieira avalia um dos poucos lotes de gado Nelore que ainda est\u00e3o na fazenda. A propriedade fica em Sidrol\u00e2ndia, regi\u00e3o central do estado. “\u00c9 muito dif\u00edcil, porque voc\u00ea n\u00e3o tem para onde mudar o gado. T\u00e1 tudo seco, tudo igual. Ent\u00e3o n\u00f3s ficamos rodando o gado e da\u00ed n\u00e3o adianta nada. Ele n\u00e3o engorda, n\u00e3o ganha peso”, diz.<\/p>\n<\/div>\n
Para n\u00e3o perder dinheiro, seu Luiz est\u00e1 mandando parte do gado para o confinamento. Animais que iriam para o frigor\u00edfico no ano que vem v\u00e3o ser abatidos mais cedo. “60 bois, mais ou menos 480 quilos de m\u00e9dia e que dever\u00e1 ficar em torno de 70 dias no confinamento para ir para o abate final”, conta o pecuarista.<\/p>\n<\/div>\n
Essa tem sido uma estrat\u00e9gia para muitos criadores do estado que sofrem com a estiagem. Nesta temporada os pecuaristas est\u00e3o gastando mais para engordar o boi no confinamento. Em agosto de 2017, o valor m\u00e9dio da di\u00e1ria era de R$ 7,00. Hoje, chega a R$ 8,50. Segundo os criadores, isso \u00e9 reflexo do aumento de custos dos principais componentes da ra\u00e7\u00e3o.<\/p>\n<\/div>\n
Nos \u00faltimos 12 meses, o milho teve alta de 62%, o farelo de soja registrou aumento de 55% e o n\u00facleo com minerais subiu, em m\u00e9dia, 10%. O produtor Rodrigo Soriano sentiu a redu\u00e7\u00e3o da margem de lucro.<\/p>\n<\/div>\n
“Suplemento, folha de pagamento, \u00f3leo diesel, aumentou muito mais. Sem dizer que, h\u00e1 tr\u00eas anos, a arroba do boi era mais que hoje, mais de 10% mais caro que hoje”, diz.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n
Para a analista t\u00e9cnica da Famasul, Eliamar Oliveira, “j\u00e1 se fala numa seca hist\u00f3rica e isso impacta diretamente no campo. Ou seja, uma seca mais intensa torna o per\u00edodo de entresafra mais intenso e isso, provavelmente, vai refletir nos pre\u00e7os pagos ao bovino”.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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