{"id":15289,"date":"2020-11-10T11:50:59","date_gmt":"2020-11-10T13:50:59","guid":{"rendered":"http:\/\/blog.agridata.agr.br\/?p=15289"},"modified":"2020-11-10T11:50:59","modified_gmt":"2020-11-10T13:50:59","slug":"brasil-deve-deixar-em-2020-de-ser-uma-das-dez-maiores-economias-do-mundo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blog.agridata.agr.br\/brasil-deve-deixar-em-2020-de-ser-uma-das-dez-maiores-economias-do-mundo\/","title":{"rendered":"Brasil deve deixar em 2020 de ser uma das dez maiores economias do mundo"},"content":{"rendered":"
Com a desvaloriza\u00e7\u00e3o do real e a redu\u00e7\u00e3o do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o tamanho da economia do pa\u00eds em d\u00f3lares vai sofrer forte queda neste ano e sair do seleto grupo das dez maiores do planeta, de acordo com dados do Fundo Monet\u00e1rio Internacional (FMI) compilados pela Funda\u00e7\u00e3o Getulio Vargas (FGV).<\/span><\/h6>\n
Pelas proje\u00e7\u00f5es do Fundo, o PIB brasileiro deve recuar 28,3% neste ano em rela\u00e7\u00e3o a 2019, quando convertido para a moeda americana: de US$ 1,8 trilh\u00e3o para US$ 1,4 trilh\u00e3o. O pa\u00eds deve perder, assim, tr\u00eas posi\u00e7\u00f5es no ranking das maiores economias do mundo, de nona para a 12\u00aa posi\u00e7\u00e3o, ultrapassado por Canad\u00e1, Coreia do Sul e R\u00fassia.<\/span><\/h6>\n
Marcel Balassiano, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, lembra que a pandemia vai afetar a economia do Brasil e de diversos pa\u00edses em moedas locais. No caso brasileiro, o FMI projeta retra\u00e7\u00e3o do PIB em 5,8% em 2020, frente ao ano passado.<\/span><\/h6>\n
\u201cAs medidas de distanciamento social provocaram \u2018desligamento\u2019 nas economias. Muitos pa\u00edses adotaram medidas de est\u00edmulo, como o aux\u00edlio emergencial no Brasil, evitando quedas maiores\u201d, disse Balassiano. \u201cAgora, os pa\u00edses est\u00e3o em processo de reabertura, mas a recupera\u00e7\u00e3o plena depende do fim da pandemia.\u201d<\/span><\/h6>\n
Mas muito da mudan\u00e7a de posi\u00e7\u00e3o do Brasil no ranking decorre da deprecia\u00e7\u00e3o cambial, e n\u00e3o apenas da queda da atividade econ\u00f4mica, explica o pesquisador. Durante a pandemia, o real foi uma das moedas que mais se desvalorizaram no mundo. O d\u00f3lar m\u00e9dio de 2020 est\u00e1 em R$ 5,28, 30% acima da m\u00e9dia do ano passado.<\/span><\/h6>\n
Balassiano lembra, por\u00e9m, que essa desvaloriza\u00e7\u00e3o da moeda n\u00e3o foi obra do acaso. Ela diz muito sobre a percep\u00e7\u00e3o de risco em rela\u00e7\u00e3o ao pa\u00eds.<\/span><\/h6>\n
\u201c\u00c9 importante frisar que a desvaloriza\u00e7\u00e3o do real ao longo do ano e o aumento do risco s\u00e3o reflexos dos problemas brasileiros, principalmente do lado fiscal. Bolsa, c\u00e2mbio, juros futuros. Todas essas vari\u00e1veis mostram as incertezas e o risco embutido no Brasil\u201d, acrescentou o pesquisador do Ibre\/FGV.<\/span><\/h6>\n
Em tempos de real valorizado, o pa\u00eds chegou a ocupar a s\u00e9tima posi\u00e7\u00e3o no ranking mundial, atr\u00e1s de Estados Unidos, China, Jap\u00e3o, Alemanha, Reino Unido e Fran\u00e7a. Foi assim em 2011, quando a moeda americana valia menos de R$ 2.<\/span><\/h6>\n
Claudio Considera, pesquisador do Ibre\/FGV e ex-chefe de Contas Nacionais do Instituto Brsileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE), pondera que a oscila\u00e7\u00e3o do c\u00e2mbio produz efeitos artificiais sobre o PIB.<\/span><\/h6>\n
Ele lembra que o consumo das fam\u00edlias e dos governos s\u00e3o feitos em moedas locais. Por isso, prefere suavizar os efeitos do c\u00e2mbio para construir o ranking.<\/span><\/h6>\n
Dessa forma, o estudo tamb\u00e9m construiu um ranking de pa\u00edses pelo crit\u00e9rio de paridade do poder de compra (PPC). Esse m\u00e9todo de c\u00e1lculo busca medir quanto um pa\u00eds pode comprar em bens e servi\u00e7os com sua moeda, facilitando compara\u00e7\u00f5es internacionais.<\/span><\/h6>\n
Levando em conta a paridade do poder de compra, o Brasil ocupou no come\u00e7o desta d\u00e9cada a s\u00e9tima posi\u00e7\u00e3o no ranking de maiores economias do mundo, status que sustentou posi\u00e7\u00e3o at\u00e9 2016. No ano seguinte, em 2017, o pa\u00eds escorregou para a oitava posi\u00e7\u00e3o e, em 2019, ocupava o d\u00e9cimo lugar entre as grandes economias do planeta.<\/span><\/h6>\n
Pelas proje\u00e7\u00f5es do FMI em PPC, o PIB brasileiro tamb\u00e9m ficar\u00e1 menor, mas vai escalar o ranking para a oitava posi\u00e7\u00e3o neste ano.<\/span><\/h6>\n
O crit\u00e9rio de paridade de poder de compra \u00e9 menos frequentemente usado. Por ele, a China j\u00e1 \u00e9 a maior economia do mundo, com um PIB de US$ 23,4 trilh\u00f5es em 2019, superando os Estados Unidos, com um PIB de US$ 21,4 trilh\u00f5es.<\/span><\/h6>\n
\u201cMesmo com essa \u2018melhora\u2019, o PIB brasileiro tamb\u00e9m vai encolher em 2020\u201d, argumenta Considera, autor do levantamento do ranking dos pa\u00edses ao lado de Marcel Balassiano. (Valor Econ\u00f4mico)<\/span><\/h6>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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