Em entrevista ao El Observador, Lautaro Pérez, gerente de marketing do Instituto Nacional de Carne (INAC), sediado em Montevidéu, disse que a indústria uruguaia de carne bovina mira os passos dos exportadores de carne vermelha da Austrália. “Nós olhamos particularmente como um exemplo a seguir”, admitiu Pérez, acrescentando que a Austrália “é um país que exporta 70% da produção de carne bovina, assim como o Uruguai”.
O país da América do Sul é o oitavo maior exportador mundial de carne bovina, com embarques anuais em torno de 415 mil toneladas equivalente carcaça, volume um pouco abaixo das quantidades embarcadas anualmente pela Argentina e Canadá, sexto e sétimo do ranking mundial, respectivamente, segundo informações do Anuário 2019 DBO, baseadas nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Por sua vez, a Austrália é o terceiro principal exportador da commodity, com cerca de 1,6 milhão de toneladas embarcadas em 2018, atrás da Índia e do Brasil (líder mundial).
“No Uruguai, devemos sair para conquistar mercados e consumidores que, diferentemente do que ocorre com os exportadores da Austrália, podem estar do outro lado do mundo”, desafiou o gerente da INAC, citando como exemplo a China. Recentemente, o Uruguai conquistou o direito de exportar carne bovina in natura ao mercado do Japão, um sonho antigo da indústria brasileira, até agora não conquistado. (Portal DBO)