Os contratos futuros de trigo, milho e soja de Chicago se firmaram nesta quarta-feira, apoiados pelas condições climáticas na América do Sul que prejudicam as exportações de rivais dos EUA, embora as ofertas norte-americanas acima do esperado tenham limitado os ganhos.
O contrato de trigo mais ativo na Bolsa de Chicago (CBOT) ganhou 15 centavos para 7,6475 dólares por bushel.
A soja subiu 4,50 centavos para terminar em 15,1975 dólares por bushel, enquanto o milho avançou 4,50 centavos a 6,7850 dólares.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aumentou os estoques finais de milho e soja do país mais do que os analistas esperavam, inicialmente pressionando os futuros.
“Sim, perdemos um pouco de etanol, sim, vimos uma queda no esmagamento da soja, mas isso era esperado”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodities Analytics.
O USDA também fez cortes em sua previsão para a safra de soja da Argentina devido às condições de seca, embora a redução tenha sido menor do que outras estimativas privadas.
“Acho que todo mundo acredita que há espaço para mais revisões de baixa na Argentina”, disse Ed Duggan, especialista sênior em gerenciamento de riscos da Top Third Ag Marketing.
O clima sul-americano continua a trazer otimismo aos Estados Unidos, já que as chuvas no Brasil continuam atrasando a colheita da soja, que compete com os Estados Unidos no cenário mundial de exportação.
“Quanto mais eles esperarem para serem colhidos, mais os chineses terão que esperar para importar do Brasil, que é amigo dos EUA, e mais eles terão que esperar para plantar aquela segunda safra de milho”, disse Duggan.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cortou nesta quarta-feira sua previsão para a segunda safra de milho do Brasil, citando atrasos na colheita da soja.
O trigo permaneceu sustentado por preocupações com a seca nas áreas de cultivo de trigo duro de inverno nos Estados Unidos, intensificadas pelas previsões meteorológicas que mostram que as zonas podem perder a ampla precipitação esperada em outros cinturões de grãos do país.
(Reuters)