O caso atípico de vaca louca registrado em Mato Grosso, que fez com que o Ministério da Agricultura suspendesse as exportações de carne bovina para a China, causará um “ligeiro atraso” nas habilitações de plantas brasileiras para o gigante asiático. A avaliação é de Péricles Salazar, presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
“Isso afeta um pouco (as habilitações), até porque já foram enviados os questionários para a China. Evidentemente que esse caso vai causar um ligeiro atraso, mas acredito que, tão logo ele seja superado, nós também conseguiremos habilitar novas plantas”, disse Salazar.
No último dia 23, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Ministério havia enviado uma lista com 30 frigoríficos – de frangos, suínos, bovinos e uma de asininos – à China para habilitação. Desses 30, seis já estão aprovados, mas ainda não habilitados. Na ocasião, ela afirmou esperar que a habilitação fosse obtida em 30 dias.
Salazar, que esteve presente na segunda-feira em reunião em Brasília convocada pela ministra – também com a presença da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) -, disse que os chineses já estavam pensando em suspender as importações da carne bovina brasileira por causa do registro da doença. Ele afirmou que acredita que o Ministério agiu da forma correta ao interromper a emissão de certificações sanitárias, e que a repercussão do caso é “tempestade em copo d’água”.
“O problema foi atípico, sem consequência, aconteceu numa vaca de 17 anos. E a China, com base nas informações que o Brasil mandou, deve levantar o embargo em breve”, opinou o presidente da Abrafrigo.
Fonte: Portal DBO