Os contratos futuros de suínos vivos tiveram seu primeiro dia de negociação na sexta-feira (8) na Bolsa de Dalian, na China, e fecharam em queda de mais de 12%. O contrato de suínos vivos é resultado de um esforço de quase 20 anos para a criação de um mecanismo transparente de precificação para um dos produtos agropecuários mais valiosos do país.
A queda dos preços futuros reflete a expectativa de que a população de suínos da China – a maior do mundo – continuará se expandindo depois de ter sido dizimada por surtos de peste suína africana em 2018 e 2019. A China tem mais de 370 milhões de suínos e é também o maior consumidor mundial de carne suína.
Nos últimos dois anos, os preços médios à vista dos suínos vivos dispararam e oscilaram amplamente, influenciados pelos preços que os criadores chineses recebem quando levam seus animais para abatedouros locais. Os novos contratos permitirão aos criadores transferir o risco das flutuações de preços e controlar sua escala de produção com base nas expectativas de oferta e demanda futuras, disse a Bolsa.
Nos últimos 18 meses, a indústria de suínos da China viu o crescimento de grandes granjas corporativas que têm tido mais sucesso em manter a peste suína africana sob controle. Sua presença também aumentou a necessidade de mecanismos mais sofisticados para proteger seus ganhos.
Diferentemente dos futuros de suínos negociados na Bolsa de Chicago (CME), os contratos futuros na Bolsa de Dalian exigem liquidação física – ou seja, detentores de contratos na data de vencimento precisarão receber os animais. A medida tem como objetivo reduzir a especulação de preços. Cada contrato corresponde a 1 tonelada. (AE)