A Sociedade Rural Brasileira considera que a alta taxa de renovação no Congresso Nacional pode fortalecer e ampliar a representação do agronegócio. “Percebe-se um crescimento expressivo de deputados e senadores eleitos com uma visão ‘pró-mercado’, vindo de partidos tidos como centro-direita e direita, que, inicialmente, são alinhados com demandas e anseios do setor agropecuário”, avaliou a entidade em nota divulgada nesta terça-feira.

No documento, a SRB analisa os reflexos da renovação na bancada ruralista. Segundo levantamento feito pela entidade, a Frente Parlamentar da Agropecuária teve menos de 38%, ou 91, dos deputados reeleitos. Já no considerado núcleo duro da frente, formado pelos 83 deputados mais ativos em prol do setor, a reeleição foi de 45% dos membros, ou 38. Deste grupo, os deputados Nelson Marquezelli (PTB/SP) e Valdir Colatto (MDB/SC) estão entre os que não conseguiram novo mandato. Entre os principais articuladores da bancada, os deputados Arnaldo Jardim (PPS/SP), Alceu Moreira (MDB/RS), Onyx Lorenzoni (DEM/RS) e Tereza Cristina (DEM/MS), atual presidente da FPA, foram reeleitos.

A estimativa prévia de composição da FPA no Senado é de 17 membros, contando os parlamentares reeleitos, os que têm mandato até 2023 e novos integrantes que já tinham relação com a Frente, por meio da Câmara dos Deputados, ou através de outras instâncias de atuação com o setor agro, conforme projeção da SRB. (Estadão)