As despesas com custeio da soja transgênica da safra 2021/22 de Mato Grosso subiram 2,37% em junho em relação a maio, estimou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em relatório. Segundo o instituto, um dos principais motivos é o aumento de 5,01% no custo da semente e de 2,59% nos fertilizantes em geral. O instituto ressaltou o incremento de 10,82% em micronutrientes, influenciado pelo avanço da comercialização devido à aproximação da próxima safra.

Ainda conforme o Imea, com a alta no preço do combustível, as operações mecanizadas tiveram aumento de 2,55%, mas, em contrapartida, houve diminuição de 1,59% no custo com mão de obra. O custo operacional efetivo (COE) foi estimado em R$ 3.943,68/hectare, um aumento de 1,90% em relação ao mês anterior.

Milho – O custo de produção de milho em Mato Grosso subiu 2,48% no mês de junho, para variedades de alta tecnologia, informou o Imea, em boletim semanal. Desta forma, o custo de produção ficou em R$ 2.069,48 por hectare, impulsionado pelas altas de insumos como sementes (2,93%), macronutrientes (3,27%), corretivos (1,28%) e micronutrientes (0,69%).

Segundo o instituto, a alta desses insumos está relacionada à maior demanda, porque o produtor está finalizando as compras para a safra de soja 2021/22 e intensificando as aquisições para a próxima safra de milho.

“Além disso, o aumento nos combustíveis gerou um aumento nas operações mecanizadas e, junto à desvalorização de 8,85% no preço médio (negociado a R$ 52,53/saca) do milho em junho, impulsionou o ponto de equilíbrio para safra, que apresentou um aumento de 11,75% no comparativo mensal”, acrescenta o Imea. “Diante deste cenário, o produtor mato-grossense precisa produzir ao menos 57,82 sacas/hectare para cobrir o seu custeio do milho 2021/22.”

(AE)