Dados preliminares do Departamento de Alfândegas da China (GAAC, na sigla em inglês) apontam para alta de 18% no volume de soja adquirido pelo país no exterior em julho ante igual mês do ano passado, para 10 milhões de toneladas, observa o banco alemão Commerzbank. “Porém, a importação em julho ficou 1 milhão de toneladas abaixo do nível recorde registrado em junho. É provável que a maior parte da oleaginosa tenha sido exportada pelo Brasil mais uma vez, onde uma safra recorde foi colhida este ano”, considera o analista de commodities agrícolas do banco, Carsten Fritsch, em comentário diário enviado para clientes.

Segundo o analista, a acentuada valorização do dólar ante o real tornou as vendas do grão ainda mais atraentes para os exportadores brasileiros. “Embora a China também tenha feito pedidos substanciais de soja nos EUA recentemente, é provável que isso se reflita nos dados futuros de importação”, observa Fritsch.

A perspectiva do mercado, acrescenta o analista, é de que as aquisições do país asiático continuem firmes nos próximos meses. “Isso ocorre porque a demanda por grão para ração animal está aumentando agora, à medida que o plantel de suínos está sendo reconstruído novamente após sua dizimação devido à peste suína africana”, acrescenta Fritsch. (AE)