As importações chinesas de soja devem atingir um recorde de 100 milhões de toneladas no ano comercial 2021/22, disse em relatório o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim. A projeção representa aumento ante o volume estimado para 2020/21, de 99 milhões de toneladas, e o importado em 2019/20, de 98,5 milhões de toneladas. Segundo o adido, as importações continuam se recuperando do impacto dos surtos de peste suína africana em 2018, com a recomposição do plantel de suínos e um aumento da produção de carne bovina e de frango.

O adido observou que a China continua diversificando seus fornecedores de soja. Com a inclusão de Bolívia e Tanzânia à lista, o número de países produtores com acesso ao mercado chinês subiu para 12. A lista também inclui Argentina, Benin, Brasil, Canadá, Etiópia, Casaquistão, Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e Uruguai. De acordo com o adido, no entanto, a capacidade da China de importar soja de novos fornecedores é limitada no curto prazo por incertezas relacionadas ao mercado e a políticas comerciais.

O esmagamento de soja na China deve totalizar 99 milhões de toneladas em 2021/22, ante um volume estimado de 97,5 milhões de toneladas em 2020/21, disse o adido, acrescentando que o aumento esperado se deve à maior demanda por ração animal. Mesmo assim, a capacidade chinesa de esmagamento, estimada em mais de 140 milhões de toneladas ao ano, continua subutilizada, afirmou o adido.

Os estoques de soja na China ao fim de 2021/22 são projetados em 27,9 milhões de toneladas, em comparação a um volume estimado de 27,2 milhões de toneladas em 2020/21. O governo chinês, porém, não divulga o tamanho das reservas estatais. (AE)