No departamento de Santa Fé de 9 de Julio, em que Tostado é o chefe, das 600.000 cabeças de gado, pelo menos 400.000 sofrem com a falta de água, segundo Jorge Mercau, presidente da Sociedade Rural daquela cidade.No norte da província de Santa Fe, a falta de chuva provocou até agora a morte de pelo menos 3.000 vacas, indicaram as autoridades provinciais.
Santa Fé e as províncias fronteiriças de Entre Ríos e Córdoba concentram cerca de 10 milhões de animais em áreas afetadas pela falta de chuvas e um número semelhante é encontrado em Buenos Aires, disse o relatório Mercado Pecuário.
O prejuízo produtivo é inevitável, que serão ponderados à medida que a pecuária chegar ao mercado, delimitou o estudo.
A Bolsa de Grãos de Buenos Aires estimou uma redução na colheita de grãos no país – como soja, girassol e trigo -, traçando dois cenários possíveis dependendo do grau de seca, o que causará perdas entre US$ 11.000 milhões e US$ 15.700 milhões.
A mesma entidade projeta uma diminuição do valor das exportações entre US$ 9.226 milhões e US$ 14.115 milhões e, consequentemente, uma quebra na arrecadação de impostos do Estado até US$ 4.739 milhões.
O risco de seca atingiu 175 milhões de hectares em dezembro, com um aumento de 10 milhões de hectares face ao mês anterior, segundo um relatório da Direção Nacional de Risco e Emergência Agrícola, que indicou que o triénio 2020-2022 é o mais seco registrado no país.
Outra consequência da falta de chuva, altas temperaturas e falta de umidade são os incêndios recorrentes.
Focos de diferentes intensidades afetam áreas florestais em pelo menos nove províncias argentinas, segundo um relatório divulgado quinta-feira pelo Serviço Nacional de Manejo de Incêndios.
Na área da cidade de Barrancas, na província de Santa Fe, os bombeiros combateram na terça-feira um foco que se espalhou-se afetando os campos cultivados.
(G1)