O setor de serviços da China expandiu no ritmo mais rápido em mais de uma década em junho uma vez que o afrouxamento das medidas de contenção do coronavírus reanimam a demanda do consumidor, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês).
O PMI de serviços do Caixin/Markit subiu a 58,4 em junho, leitura mais alta desde abril de 2010, de 55,0 em maio, afastando-se ainda mais da mínima atingida em fevereiro, quando o coronavírus paralisou a economia.
A marca de 50 separa crescimento de contração.
O dado sugere que a recuperação geral da China está se tornando mais equilibrada e generalizada conforme a vida lentamente volta ao normal, embora analistas acreditem que levará meses para que a atividade voltem aos níveis pré-crise.
O setor de serviços responde por cerca de 60% da economia e metade dos empregos urbanos. Fortes perdas de empregos, cortes de salários e temores de uma segunda onda de infecções deixaram alguns consumidores cautelosos.
“(A pesquisa) sugere que a recuperação do setor de serviços está ganhando força”, disseram analistas do Nomura.
O PMI mostrou que o subíndice de novas encomendas recebidas pelos fornecedores de serviços chineses subiu a 57,3 de 55,8 em maio, com a taxa de crescimento acelerando para o ritmo mais rápido desde agosto de 2010.
Mas o emprego permaneceu em território de contração pelo quinto mês seguido, com a velocidade de cortes acima da de maio, o que destaca a imensa pressão sobre as autoridades chinesas este ano para estabilizar o mercado de trabalho.
O PMI Composto do Caixin, que engloba os setores industrial e de serviços, acelerou a 55,7 em junho de 54,5 em maio. (Reuters)