O acesso de tarifa zero à China para a carne suína norte-americana poderia reduzir em quase 6% déficit comercial dos Estados Unidos com o gigante asiático, de acordo com estudo do economista Dermot Hayes, da Universidade Estadual de Iowa.
Segundo Hayes, no período de 10 anos, as exportações de carne de porco dos EUA para China poderiam gerar receita de US$ 24,5 bilhões caso Pequim garantisse o acesso com tarifa zero.
“Não fossem as tarifas impostas atualmente pela China, a carne suína dos EUA poderia ser uma potência econômica, criando milhares de novos empregos, expandindo as vendas e reduzindo drasticamente o déficit comercial de nosso país”, disse, em comunicado, o Conselho Nacional de Produtores de Carne Suína (NPPC).
Em seu estudo, o economista Dermot Hayes lembrou que a carne de porco é um elemento básico da dieta chinesa e, consequentemente, um produto de peso no índice de preços ao consumidor. Como o rebanho do país asiático foi devastado este ano pela peste suína africana, continua o especialista, os preços da carne de porco dispararam este ano no país, o que aumento a preocupação do governo de Pequim em relação ao controle inflacionário dos preços dos alimentos.
Para destacar a urgência de um acordo mais favorável com a China, o NPPC lançou uma campanha digital sobre essa questão envolvendo o comércio entre as duas potências mundiais. “A indústria suinícola dos EUA está perdendo uma oportunidade de vendas sem precedentes na China”, alertou o presidente da NPPC, David Herring, um produtor de suínos de Lillington, Carolina do Norte.
De acordo com a NPPC, os produtores norte-americanos têm “o menor custo de produção de carne no mundo, “mas devido à tarifa de 72% imposta pela China, não conseguem ser tão competitivos como os produtores da Europa, Brasil, Canadá, entre outras nações.” (Portal DBO)