O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) manteve a estimativa de safra recorde em 2021 para o milho, com a projeção de uma produção total de 103,5 milhões de toneladas, nas duas safras. Se confirmada, a produção deste ano terá aumento de 0,3% em relação a 2020.
Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro, divulgado nesta quinta-feira (11/3) pelo IBGE. A produção total de milho passou por um ajuste para baixo em relação à projeção de janeiro, com queda de 0,2%.
Apesar da alta de 0,3% em relação a 2020, o LSPA de fevereiro estima um declínio de 3,0% no rendimento médio de 2021 em relação ao ano passado. Isso porque a área colhida (18,9 milhões de hectares) deverá crescer 3,4% ante o ano passado. Com isso, o rendimento médio deverá ficar em 5.483 kg/ha.
Na composição da produção ao longo do ano, a primeira safra de milho deverá participar com 24,9% do total, estimada em 25,8 milhões de toneladas. No LSPA de fevereiro, houve queda de 1,7% em relação ao mês anterior, por causa da queda na produtividade das lavouras (-2,0%).
As maiores variações negativas na produção foram observadas na Bahia (-5,7%), no Paraná (-5,8%) e no Rio Grande do Sul (-3,3%). Em relação a 2020, a primeira safra deverá ficar 2,9% menor, conforme a projeção de fevereiro.
Para a segunda safra, que deve representar 75,1% do total, a estimativa está em 77,7 milhões de toneladas, crescimento de 0,3% em relação ao mês anterior e de 1,4% frente a 2020.
“O rendimento médio deve declinar 2,0%, em decorrência da menor janela de plantio para essa cultura, já que o atual ano agrícola atrasou e a colheita da soja deverá ser mais tardia“, diz a nota do IBGE.
Conforme o LSPA de fevereiro, os maiores produtores do milho de segunda safra, em 2021, devem ser Mato Grosso (33,5 milhões de toneladas e participação de 43,1% no total nacional) e o Paraná (13,6 milhões de toneladas e participação de 17,4% no total nacional). (Estadão)