BRF, Minuano e JBS disseram que, com a reabertura das unidades de abate de aves das duas primeiras em Lajeado e da última em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, não terão mais que recorrer ao sacrifício dos animais.

A possibilidade foi aventada nos últimos dias antes de as companhias obterem autorização para voltar a operar. Isso porque, com as unidades paralisadas, as aves ficaram nas granjas e superaram o peso ideal de abate.

A BRF informou que “diante da retomada da operação em Lajeado e em decorrência de acordo homologado pela Justiça” a empresa decidiu que realizará ainda esta semana o abate de 100 mil aves que antes seria executado nas granjas e agora será feito na fábrica.

“As aves serão abatidas e passarão por todos os procedimentos de controle do Ministério da Agricultura, por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF)”, informou.

De acordo com a empresa, o destino do frango abatido “será avaliado no frigorífico no momento do abate, sob os protocolos de inspeção”. Fontes do setor no Rio Grande do Sul disseram que o destino das aves será a produção de industrializados, mas a BRF não confirmou.

A unidade da empresa em Lajeado voltou a operar esta semana após acordo judicial com o Ministério Público do Rio Grande do Sul. A Minuano, que abate aves para a BRF num acordo de terceirização, também não terá de recorrer ao sacrifício das aves, já que voltou a operar depois de fechar um acordo judicial com o MP-RS.

Questionada, a JBS informou, por meio de sua assessoria, que não teve de sacrificar animais das granjas de integrados, pois as aves que seriam abatidas em Passo Fundo foram remanejadas para outras unidades enquanto a fábrica ficou fechada. A planta voltou a operar nesta quarta-feira após liminar do Tribunal Superior do Trabalho. (DBO)