Em 2021, as exportações de carne bovina dos Estados Unidos superaram os recordes anteriores em volume e em valor, ultrapassando a barreira dos US$ 10 bilhões, de acordo com dados de divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), compilados pela Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF).
Os embarques norte-americano de carne suína terminaram 2021 um pouco abaixo do volume recorde alcançado em 2020, mas estabeleceram um novo patamar histórico em faturamento, chegando a US$ 8 bilhões no ano passado.
As exportações norte-americana de carne bovina em dezembro totalizaram 121.429 toneladas, um aumento de 1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o faturamento subiu 33%, para US$ 991,8 milhões – o terceiro maior valor mensal já registrado pelo país.
Em volume, os embarques de carne bovina dos EUA atingiram 1,44 milhão de toneladas em 2021, um aumento de 15% em relação ao resultado do ano anterior e 7% acima do recorde anterior estabelecido em 2018.
Em faturamento, as exportações somaram US$ 10,58 bilhões em 2021, um aumento de 38% em relação a 2020 quebrando o recorde anterior (também de 2018).
No ano passado, as exportações norte-americana de carne bovina para Coreia do Sul, Japão e China/Hong Kong ultrapassaram a marca de US$ 2 bilhões em cada um desses mercados – também superando os recordes anteriores.
Os embarques também estabeleceram um novo recorde de valor em Taiwan e atingiram novos patamares na América Central, Colômbia e Indonésia.
“Os resultados da exportação de carne bovina são realmente notáveis, especialmente considerando os obstáculos relacionados ao vírus da Covid-19 no setor global de serviços de alimentação e todos os desafios logísticos enfrentados pela indústria dos EUA”, disse o presidente e CEO da USMEF, Dan Halstrom.“Obviamente, os nossos grandes mercados asiáticos foram responsáveis ​​por grande parte do crescimento, mas é realmente necessária uma demanda global ampla para atingir esses níveis impressionantes”, acrescentou. Portanto, continua Halstrom, “essa história de sucesso não abrange apenas os mercados da Coreia, Japão e China, mas também devido a um forte desempenho em Taiwan, a um excelente crescimento na América Central e do Sul e uma recuperação no México e no Sudeste Asiático”.
Mercados – A USMEF também informou que as exportações de carne bovina estão capitalizando os ganhos de acesso ao mercado incluídos no Acordo Econômico e Comercial da Primeira Fase EUA-China.
As exportações de carne bovina para a China/Hong Kong somaram US$ 2,09 bilhões em 2021, um aumento de 114% em relação a 2020, enquanto o volume subiu 87%, para 240.827 toneladas.
As exportações diretas para a China, que começaram a ganhar força significativa em meados de 2020, aumentaram 346% em volume (190.803 toneladas) e 413% em valor (US$ 1,59 bilhão).
A carne bovina dos EUA foi responsável por 6% do total de importações da China em volume e 11% em valor, segundo a USMEF.
Novo recorde de valor para a carne suína – As exportações de carne suína caíram 17% em dezembro/21, em relação ao mesmo período do ano anterior, para 215.872 toneladas, somando US$ 604,3 milhões (queda de 12%).
No acumulado de janeiro a dezembro de 2021, o volume de exportação norte-americana de carne suína foi de 2,92 milhões de toneladas, uma queda de 2% em relação ao recorde de 2020, mas o faturamento dos embarques subiu 5%, para um recorde de US$ 8,11 bilhões.
As exportações recorde de carne suína para o México, América Central, República Dominicana, Colômbia e Filipinas ajudaram a compensar a queda na demanda da China em 2021, observa a USMEF.
Os embarques também aumentaram para o Japão e a Coreia do Sul, incluindo maiores volumes de carne suína resfriada.
“No início do ano passado, por causa da recuperação do rebanho suíno da China e de sua crescente produção doméstica de carne suína, sabíamos que seria uma tarefa desafiadora igualar o nível recorde de exportações de carne suína alcançado em 2020”, disse Halstrom. “Mas os EUA são menos dependentes da China do que outros grandes exportadores de carne suína, e isso se refletiu definitivamente nos resultados de 2021”, acrescenta ele.
Mesmo com os embarques para a China caindo quase 30%, as exportações totais dos EUA tiveram um desempenho muito forte graças ao excelente crescimento na América Latina e em outros mercados-chave, ressaltou Halstrom.
(Portal DBO/Beef Point)