A receita com as vendas externas de soja brasileira, principal produto de exportação do país, aumentou 20,8% em 2022 na comparação com o ano anterior, com impulso de preços mais altos da oleaginosa após uma quebra da safra nacional em 2021/22, de acordo com dados publicados pelo governo federal nesta segunda-feira.
Apesar de um recuo nos embarques em volumes na comparação com o recorde de 2021, o faturamento com as exportações de soja somou 46,69 bilhões de dólares em 2022, versus 38,6 bilhões no ano anterior, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Já a exportação de milho, que atingiu um novo recorde também em volume, com embarques de mais de 40 milhões de toneladas, gerou receitas de 12,3 bilhões de dólares, quase o triplo do verificado em 2021, quando os totais exportados tinham sido prejudicados pela seca.
Enquanto a soja praticamente manteve sua participação nas exportações brasileiras, em 13,9% do total, os embarques de petróleo somaram 42,7 bilhões de dólares, com aumento de mais de 12 bilhões de dólares na comparação anual que elevou sua fatia da commodity para 12,7% do total de vendas internacionais do Brasil, versus 10,9% no ano anterior, também com preços mais favoráveis.
Já a exportação de minério de ferro, outro produto com importante representação nas vendas brasileiras, caiu para 28,9 bilhões de dólares em 2022, ante 44,66 bilhões de dólares em 2021.
As exportações de óleos combustíveis, com 13 bilhões de dólares em 2022, carne bovina (11,8 bilhões de dólares), açúcar (11,3 bilhões de dólares), farelo de soja (10,9 bilhões de dólares) e carnes de aves (8,9 bilhões de dólares) tiveram crescimentos importantes em 2022.
No lado da importação, os adubos químicos demandaram 24,7 bilhões de dólares do país em 2022, aumento de 9,6 bilhões de dólares na comparação com 2021, com uma disparada de preços diante das preocupações sobre a oferta decorrentes da guerra na Ucrânia.
(Reuters)