O Rabobank espera que o consumo per capita de carne bovina caia no Brasil em 2023, já que a demanda doméstica continua afetada por declínio do poder de compra dos consumidores, segundo relatório divulgado na quinta-feira (01).
As exportações tendem à normalização a partir de maio, com a China retomando os volumes de compras registrados no período que antecedeu a suspensão temporária das vendas brasileiras para o país devido ao caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB).
Os custos de produção de carne bovina continuam a cair com redução nos preços de gado e ração.
“Com isso, espera-se um aumento no volume de bovinos confinados, sendo a maior parte destinada ao mercado externo”, disse o Rabobank em relatório.
O Rabobank também espera que o descarte de fêmeas perca força, mas siga em alta.
“Segundo contatos da indústria, a proporção de fêmeas no abate total em março de 2023 deveria ter passado de 42%, mas caiu em abril, mesmo com a queda sazonal das chuvas. Ainda assim, não foi suficiente para reduzir a pressão negativa sobre os preços do boi gordo”, disse o banco.
“O maior estoque de machos em relação ao ano anterior estimulou o confinamento e deve levar ao aumento da oferta e pressionar os preços domésticos da carne bovina”, disse o Rabobank.
(CarneTec)