O Rabobank espera uma queda de 3% na produção brasileira de carne bovina em 2021, em comparação com 2020, apesar da perspectiva de aumento do consumo doméstico até o fim do ano e continuidade do ritmo das exportações, disse o banco em relatório divulgado à imprensa na quinta-feira (16).
“A aceleração das vacinações, flexibilização das medidas de isolamento, manutenção do pacote de ajuda emergencial pelo menos até outubro e a proximidade das estações mais quentes têm apoiado o consumo doméstico de carne bovina, que deve apresentar crescimento contínuo (mas limitado) até o final do ano”, disse o Rabobank.
A valorização contínua da carne de frango no mercado doméstico também tem colaborado para elevar a competitividade da carne bovina.
A melhora na demanda doméstica de carne bovina sustenta preços do boi gordo desde o segundo trimestre do ano e os gados terminados em confinamento elevaram escalas de abates.
“No entanto, a confirmação dos dois casos atípicos de EEB em Mato Grosso e Minas Gerais, somada à suspensão automática das exportações para a China, trazem pressões às cotações”, disse o Rabobank.
O banco espera que os animais terminados em confinamento mantenham oferta crescente até o fim do ano, acompanhando a recuperação do consumo doméstico.
Apesar da suspensão das exportações para a China, o Rabobank espera que os embarques de carne bovina brasileira para o mercado asiático continuem aquecidos até o fim do ano, quando são feitas as compras para o feriado do Ano-Novo chinês.
(CarneTec)